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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A Terrível Dor de Dentes - por Adir Vieira

Hoje é o quinto dia em que convivemos juntas – eu e minha dor de dentes.
Anteontem, não deu pra esperar. Rumei para o dentista que me prometeu um atendimento de “encaixe”.
Depois de duas horas na sala de espera, convivendo com algumas pessoas com máscaras na boca, temerosas da gripe do “porco”, entrei no consultório, zonza de dor.
Confirmada pelos raios-X a necessidade de se fazer canal, apesar de externamente absolutamente nada provar tal suspeita, sofri com a anestesia uma tremenda falta de ar, não sei se provocada pelo meu medo costumeiro daquela cadeira, onde nos sentimos totalmente impotentes e dominados.
O canal foi aberto e sentindo meu bloco colocado há três anos atrás, que me custou os olhos da cara, indo pelos ares, já não conseguia distinguir a dor mais forte – a dor real ou a dor do meu bolso quando fossem fazer novo bloco.
Não é necessário dizer que saí de lá com uma lista de medicamentos que deveriam conter a dor que eu ainda sentia. A recomendação do dentista é que eu deveria ligar para o seu celular, a qualquer desconforto.
Vim pelo caminho tentando identificar seus presságios. Seria um ato de delicadeza de sua parte por ser eu uma nova cliente ou meu caso era por demais grave e requeria uma atenção especial?
Não preciso dizer que daí para frente meu martírio ficou ainda maior e nada mais foi objeto de minha atenção naquela noite. Pensei em ficar de tocaia, sem dormir, mas a primeira dose da medicação cavalar me abateu nos primeiros trinta minutos, após minha ida para a cama.
Devo ter apagado totalmente, como disse meu marido, mas ao ser despertada pelo celular para tomar a segunda dose, em plena madrugada, constatei que ela apenas havia diminuído e lá continuava sorrateira, a me lembrar que não podia esquecê-la. Felizmente, não custei muito a conciliar o sono e acordei feliz, ontem, por estar sem nenhuma dor.
Mas hoje, apesar de ter tomado a quinta dose dos remédios, ela recomeçou a me perturbar. Começo a entender porque foi recomendado o analgésico se eu ainda sentisse dor.
Nesse momento, com o estômago doendo pelo efeito dos anti-inflamatórios, estou duelando com ela – a terrível dor de dentes – para não usar o analgésico.
Vamos ver se eu aguento.



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Um comentário:

Ana disse...

Agora não estou mais torcendo, mas orando por você e seu pronto restabelecimento.
Beijo.