Seis horinhas duraram a viagem
E, logo, a gente já vinha chegando
Se eu vi ou reparei na paisagem?
Que nada, era noite e eu ‘tava roncando!
Rápido, nosso ônibus chegou
Numa Serra de manhã ensolarada
A nossa epopeia nem começou
Quem disse que a gente encontra a pousada?
Na hora, pensamos em armação
A horda de computeiros, toda pasma
Finalmente achamos a habitação
Que se escondia em uma rua fantasma
Que nem aparece no mapa
Quase que a gente se mata
E a nossa viagem empata
O Universo tem uma Grande Lei
Equilíbrio a todo momento
Pra achar a morada, muito penei
Mas ela se encontra do lado do evento!
E por ficar, assim, tão perto
Fico feliz, deu tudo certo
Ao menos, nessa, eu acerto
Já que ao nosso comum destino
Posso ir, num instante, a pé
Haja talco pros pés do menino
Ou ninguém vai aguentar o chulé!
Mentira! Sou bem limpinho
Se reclamarem do cheirinho
Que vão tomar... chimarrãozinho
Claro, esse nunca pode faltar
O meu bom e velho mate
Dispenso peixe e caviar
Bala, bombom e chocolate
O mate hidrata e traz união
E é, do meu plano, chave mestra
Me faz prestar mais atenção
Assim não durmo em palestra...
E aqui me despeço com dor
Pois nerds à volta, cheios de rancor,
Querem usar esse computador!
Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
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*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
2 comentários:
Gio,
Bom imaginar você no meio de um monte de nerds, com essa natureza poética repleta de sensibilidade e constatar que estas aparentes disparidades são próprias das pessoas interessantes. Um abraço.
Gostei de suas peripécias!
E adorei o desfecho!
Beijo!
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