Gio:
Li seu post “A Verdade a Ver Navios” e o que li me fez lembrar de uma entrevista que vi há muito tempo com a Baby Consuelo. Ela estava com as filhas adolescentes e o repórter fez uma pergunta que deixou as meninas constrangidas. A Baby falou:
- “Digam a verdade.”
As meninas não falaram nada, se entreolharam, incomodadas, procurando outra saída.
Baby insistiu:
- “A verdade sempre.”
Uma delas, então, falou, nas mínimas palavras que encontrou, o que o repórter queria saber, enquanto as outras praticamente se escondiam, de tanto incômodo.
Quando terminou a resposta, Baby sentenciou:
- “Elas são criadas assim: para dizerem sempre a verdade, por mais que seja difícil. Só se deve dizer a verdade.”
Não me lembro qual foi a pergunta... mas da situação não esqueci porque me fez pensar.
Sou adepta de se dizer a verdade sempre que possível, mas as pessoas são tão preconceituosas, tão críticas, tão invasivas, tão donas da verdade, tão mesquinhas no pensamento, rotulam com tanta facilidade e são tão cruéis nos julgamentos e nas sentenças, que nem todo mundo está preparado para lidar apenas com a verdade. Muitos não seguem as regras vigentes (já que as possibilidades do comportamento humano vão muito além destas normas tacanhas), fazem escolhas diferentes e, para evitar a rejeição ou a crítica social, mentem. Pode-se culpá-las? Não sei... Uns suportam as sentenças muito bem e/ou as ignoram, mas, para outros, elas são extremamente dolorosas... E, independentemente de críticas, muitas pessoas não gostam de dividir aquilo que consideram intimidade.
É uma questão complicada, que nos faz pensar em tantos possíveis motivos, situações e seus desdobramentos...
Só sei que, naquele momento, vendo a posição da Baby Consuelo e o imenso desconforto público das filhas, a obrigação da verdade (sem deixar nenhuma outra opção, nem a de se absterem), me pareceu uma prisão que incluía tortura.
(Continua)
Li seu post “A Verdade a Ver Navios” e o que li me fez lembrar de uma entrevista que vi há muito tempo com a Baby Consuelo. Ela estava com as filhas adolescentes e o repórter fez uma pergunta que deixou as meninas constrangidas. A Baby falou:
- “Digam a verdade.”
As meninas não falaram nada, se entreolharam, incomodadas, procurando outra saída.
Baby insistiu:
- “A verdade sempre.”
Uma delas, então, falou, nas mínimas palavras que encontrou, o que o repórter queria saber, enquanto as outras praticamente se escondiam, de tanto incômodo.
Quando terminou a resposta, Baby sentenciou:
- “Elas são criadas assim: para dizerem sempre a verdade, por mais que seja difícil. Só se deve dizer a verdade.”
Não me lembro qual foi a pergunta... mas da situação não esqueci porque me fez pensar.
Sou adepta de se dizer a verdade sempre que possível, mas as pessoas são tão preconceituosas, tão críticas, tão invasivas, tão donas da verdade, tão mesquinhas no pensamento, rotulam com tanta facilidade e são tão cruéis nos julgamentos e nas sentenças, que nem todo mundo está preparado para lidar apenas com a verdade. Muitos não seguem as regras vigentes (já que as possibilidades do comportamento humano vão muito além destas normas tacanhas), fazem escolhas diferentes e, para evitar a rejeição ou a crítica social, mentem. Pode-se culpá-las? Não sei... Uns suportam as sentenças muito bem e/ou as ignoram, mas, para outros, elas são extremamente dolorosas... E, independentemente de críticas, muitas pessoas não gostam de dividir aquilo que consideram intimidade.
É uma questão complicada, que nos faz pensar em tantos possíveis motivos, situações e seus desdobramentos...
Só sei que, naquele momento, vendo a posição da Baby Consuelo e o imenso desconforto público das filhas, a obrigação da verdade (sem deixar nenhuma outra opção, nem a de se absterem), me pareceu uma prisão que incluía tortura.
(Continua)
Resposta a “A Verdade a Ver Navios”, de Gio.
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Um comentário:
Legal, Dália!
Concordo plenamente!
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