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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Imaterial e o Amor - por Raquel Aiuendi

Só faz sentido sermos imagem e semelhança de Deus na esfera imater da nossa existência, que é exatamente a parcela que nos confere a eternidade, dimensão imortal do ser humano.
No plano conceituado material não faria sentido estritamente sermos imagem e semelhança de Deus (não pelas diferenças inúmeras, a diversidade humana), principalmente e essencialmente, por este ser vital, por estar sujeito à deteriorização.
A dimensão imater do ser tem toda possibilidade de evolução e não deteriorização e só depende de como a trabalhamos, depende de como conduzimos nossa compreensão a cerca de nossa própria existência tanto individual como também contextual (como parte de um todo que precisa de base sustentável de coexistência da qual fazemos parte integrante e conscientemente somos agentes).
Quando capazes de ao menos vermos o quadro da criação de maneira holística e dependente de um ponto de fusão, de equilíbrio é que podemos assumir a identidade com o Criador (por Ele mesmo deixado, como DNA, a cada um de nós), é o mesmo que assumir sermos seus filhos, aceitarmos nEle a realidade de Pai, deixando de sermos apenas suas criaturas.
Na adversidade o Amor se pronuncia e precede, por ser seu sustentáculo, a esperança: só espera quem conhece no Amor sua fortaleza.
Exilar-se da opressão é ter a base da vida na fé (onde fé é vivência da realidade do Amor); exílio, então, é libertar-se da opressão e não separar-se do que é precioso, é tempo de reconsiderar e fortalecer, é tempo de descobrir outro ser despertando do antigo ser, ressurgir, é saber na ressurreição de Jesus sua própria possibilidade de ressurreição.
Falar de Amor como vínculo com o Divino é alienar-se de pieguices. Sobre o verdadeiro Amor (lógica existencial) nenhum discurso será vão, não há base, ao contrário, sempre profícuo e possibilitador de revoluções (novas evoluções) humanas que se encontram preteridas em relação à evolução tecnológica.
O Amor não é dor, é sim o processo através do qual se dá a libertação humana. O Amor não é um sentimento, sim um processo, caminhar, estado dinâmico evolutivo onde o ser se descobre linear e pluridimensional de uma cadeia existencial que o cerca e o integra, onde o sentimento se torna uma de suas expressões.
A missão é o chamado a essa integração. Definido seu papel eco-existencial, o ser humano se descobre agente de Deus para manutenir em favor de Sua Criação.
A expressão da lógica, uma de suas formas, se dá através dos sentimentos humanos quando reflexos resultantes que se aproximam do equilíbrio.
A análise busca a revelação da lógica para uma maior revelação e vivenciação.
A fé é resultado da certificidade da lógica. Pode ser que, dessa lógica, o Amor seja apenas um start da essência de Deus semeada na natureza humana e não a situação completa, o absoluto. É, é possível que seja uma etapa a se cumprir, para depois, sim, passarmos a outro estágio da revelação Criadora. Se assim, sim: que belo, simples e complexo start.
O Amor é condição primordial de estabilidade, condição sobre a qual perigos, carências, dificuldades etc. não têm poder ameaçador. O sentido da vida se revela natural e nunca sobrenatural; sobre material, nunca dependente da matéria; seguro.
Sem Amor a insegurança é uma constante. A incerteza que se instaura é avassaladora e age como desmanteladora da relação mater-imater, da auto-identidade conciliadora humano-lógica.
O Amor é a realidade, mater é apenas uma passagem, estágio, momento para que uma gradação de consciência se cumpra. Mater é quando percepções se fundem em dimensões complementadoras para que, em processo de transmutação, haja a preparação da evolução imater com finalidade de retorno à origem.
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