Descobri ainda há pouco que ele me abandonou para sempre.
Acompanhou-me por seis longos anos, fiel a mim e eu a ele, já que o elegi como meu predileto.
Há uns dois anos atrás, na tentativa de se mostrar cansado de me servir em tanto puxa e ajeita, exibia um “furinho” aqui, outro acolá e eu não me intimidava em usar “minhas mãos de fada” para resolver o problema.
Se minhas medidas mudavam em função do sobrepeso, lá ia eu e aplicava-lhe um extensor como adereço, ao que o coitado reclamava esgarçando o próprio tecido, a fim de me provar que não servia mais.
Descorou, manchou, desprendeu rendas, colchetes quebrou e, num esforço maior, até a alça de sustentação arrebentou, sem que eu admitisse que sem ele ia ficar.
Hoje, não teve jeito. Nada mais há a recuperar.
Lá se foi pro lixo o meu soutien.
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2 comentários:
Comentário por rosacacian — 19 janeiro 2009 @ 16:30
Parabéns Adir. adorei, no começo da leitura pensei q falasse de um homem rsssssss…..
Comentário por Ana — 4 janeiro 2009 @ 12:01
Demais!
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