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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Divagando... - por Raquel Aiuendi

Quanto aos fatos que se sucedem na vida existem muitas especulações no que tange ao amadurecimento. Muitas vezes pensei (com o intuito de entender, sentimento analítico): ‘Porque passo por tantas coisas desagradáveis? Porque a vida me impõe convivência com pessoas complicadas e desequilibradas?’ Por aí afora. Havendo ou não encarnações anteriores ou posteriores a essa me respondo: Estou na realidade na qual me encontro, com essas pessoas à minha volta por ter condições de ser para elas fator de crescimento e assim sendo ter a (minha) chance de evolução. Pois à medida em que eu contribuo para que as pessoas se superem, eu amadureço, eu me auto-psicanaliso (psi-analiso). Onde o doar-se ao próximo não é mera caridade e sim a consciência holística de ação-retorno, de relação com tudo o que for existente. Por isso gosto da filosofia, porque ela transcende a contribuição que outras áreas (nisso incluo a religião e todas as outras que se intrumentalizem da filosofia com a intenção de ratificar posturas e não com sentido analítico evolutivo) no sentido de possibilitar ao ser humano amadurecimento, superação em conjunto, a partir do (de um) contexto em equilíbrio com seu universo interior. Até diria o seguinte: o universo interior se organiza à medida que se relaciona com o exterior, permitindo que o interior se organize. Aquela história de reciprocidade que vemos permear modelos de convivência e educação comunitária de maneira intuitiva e tradicional, mas que, de qualquer forma, funciona melhor em termos de equilíbrio do que uma vivenciação egoísta, limitada, individualista. O ser humano não é (ou não deveria ser) aquele que se alimenta do contexto, mas que deve cuidar da manutenção desse mesmo contexto e essa atitude é alcançada quando o indivíduo está com sua individualidade em equilíbrio em relação ao que o cerca, ou seja, quando ele tem a oportunidade de vivenciar ambas as realidades.
Talvez Deus pudesse ser conceituado, melhor: percebido por mim como a fusão das forças do todo existente e isso explicaria a onipresença pregada por muitas religiões e, mesmo, justificaria as religiões politeístas onde se busca a compreensão e domínio de todas as forças através de ligação do humano com os diversos deuses que atuam juntos ou individualmente, parcial ou conjunturalmente. A meu ver, existe uma missão inerente ao ser humano: o equilíbrio. É a base de todas as relações do existente. O ser humano que visa o desenvolvimento estrategista-tecnológico se perde quando a abordagem de atuação necessita ser mais abrangente. O processo de contextualidade como respaldador da natural relação de reciprocidade exigia muito do poder consciente-analítico ou é obtido pela ação simplória que está ‘prenhe’ de elementos sapienciais acerca da sobrevivência do Existente (englobamento do que existe no qual se insere o ser humano).
Estarmos existentes significa podermos evoluir e fazer evoluir. Quando o ser humano se alimenta do vazio, de ausência de auto-estima ou do excesso de ego-ismo, ele próprio sofre as conseqüências disso.
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