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terça-feira, 23 de julho de 2013

Trânsito no Rio - por Fatinha


Querido Brógui,

A segunda coisinha mais inútil (e previsível) do mundo é notícia acerca de como vai o trânsito na cidade. Só perde para aquelas previsões de final de ano feita por videntes.
Todo o santo dia, no horário de ida e de volta para o trabalho, em todas as rádios, ouço o repórter aéreo informar que a Radial Oeste está com o trânsito lento, por conta das obras no entorno do Maracanã. Há retenções na chegada à Praça da Bandeira e na altura dos Correios. O motorista também terá que ter paciência na Presidente Vargas na altura da Central do Brasil, na entrada para a Rio Branco e na Candelária. As obras de revitalização do Praça Mauá causam transtornos no viaduto da Perimetral e no Mergulhão da Praça XV, que está completamente engarrafado. Quem não é do Rio deve ter seus similares locais. Aliás e a propósito, desconfio mesmo da existência de um repórter aéreo diário. Deve ser tudo playback.
Não sei muito bem como funciona a cabeça de um engenheiro de tráfego (existe essa profissão?). Às vezes eles mandam uma bola dentro, como no caso das seletivas para ônibus. Cada macaco no seu galho, protegendo os pobres motoristas de carro particular das investidas dos motoristas de ônibus psicopatas. Outro dia fui perseguida por um deles, que conseguiu me dar três fechadas no curto espaço de um quarteirão. Estava o homicida em potencial em alta velocidade num horário que não dá pra passar de 20km/h, passando de uma faixa para a outra, espremendo todos os carros que se atrevessem a dividir a rua com ele. Um louco assassino. Queria eu ser tão louca como ele pra não desviar um milímetro e deixar bater. Mas como meu dinheiro não é capim e além disso eu iria causar mais um engarrafamento…
Se você pensa que com o carro parado minoram as chances de ser abalroado por um coletivo, engana-se. Redondamente. Quase tive um treco quando vi o retrovisor do meu veículo todo ralado. Provavelmente o motorista do ônibus resolveu verificar na prática se dois corpos conseguem ou não ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Não conseguiram.
Percebo também que, no mais das vezes, o que causa os malditos engarrafamentos não são as obras, nem acidentes, nem o excesso de veículos nas ruas, mas a mais pura e simples falta de educação e civilidade. Fechar cruzamento é um clássico. Costurar pra lá e pra cá como se isso fizesse alguma diferença, é outro. Todas as vezes lembro daquele desenho animado do Pateta motorista. Lembram? Quando ele entrava no carro, se transfigurava, virava um monstro? É a pura realidade. Quem não lembra, ou nunca viu, coloquei o link no “Fatinha viu e gostou” (Mr Walker e Mr Wheeler).
Beijocas, fique em paz.

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