Como viver a paixão em meio a toques telefônicos ininterruptos? Como beijar, aprofundar, mergulhar se vivemos na poça rasa da necessidade de atenção alheia a incessantes frivolidades?
Como olhar profundamente os olhos de seu amor, convidando-o àquele lugar só seu, se a qualquer momento vocês serão arrancados para o insípido mundo compartilhado por tantos?
Como ser profunda, abissal, plutoniana, fervente, arrebatadora, quando você é constantemente arrancada de si mesma por outros?
Como amar as diferenças cotidianas? Como manter os cômodos enluarados, as românticas velas acesas e a sensação de brisa leve nos cabelos ao se olhar o nascer do sol?
Vou esperar a noite, fechar as cortinas, apagar as velas e ver se encontro uma solução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário