estava num lixo de adultos
num quintal que cheirava a limoeiros e maconha.
achei-o e estava de qualquer jeito
diverso, separado, rasgado, frito
embora tenha vindo comigo.
de todo estava sujo e descobri lá pela página duzentos/quatrocentos e poucas, que lhe falta
(até hoje)
uma página
e impossível encontrar esta página assim
como o encontrei
(contava a história antes da morte de Clousiot).
um novo? talvez. ele é único apesar
de antigo e quebrado.
ainda permanece guardado, só o li duas vezes;
ele é que tem o gosto da tarde de um poeta que já foi livre.
foi o que sobrou de mim aqui.
Visitem S. Ribeiro
Henri Charrière
.
2 comentários:
Muito bom! Abraço. Paz e bem.
Sibilino, meu amigo!
Há quanto tempo!
Adorei o poema!
Tá fazendo falta por aqui...
Beijo!
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