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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aquele Livro - por Esther Rogessi

Há coisas que marcam a nossa vida. Trago recordações da minha infância que me servem de bálsamo por muitas vezes... recordações de uma infância em que eu contava os meus primeiros anos de vida, incrivelmente, estão bem dentro de mim. E, muitas das vezes, me pergunto: como posso lembrar-me de algo tão remoto? Dos meus primeiros anos de vida... chega docemente à minha memória a minha primeira cartilha, na qual aprendi a soletrar... Logo após veio “aquele livro”... Muito colorido, com um cheiro bom, de papel novo, que eu pressionava e ia soltando aos poucos, com o nariz bem pertinho, para sentir o cheiro de livro novo.
Veio a minha adolescência... Quantas boas e más lembranças... Ainda bem que prevaleceram as boas!
E, dentre elas, alguns livros... que me acompanharam por muito tempo! Até que o meu irmão mais velho chegou com “aquele livro”, o livro que me deixou encantada... que ilustração linda e convidativa à leitura... Quantas folhas! Oitocentas e... Ah! Não lembro quantas mais! Sei que era muito grosso! Porém isto não me desanimava... Quanto mais eu o lia, mais queria lê-lo! Com espanto, todos me viram concluir a leitura que, para eles, seria impossível...
Eu vivia a história, me preocupava em guardar o nome dos personagens, torcia e sofria junto com eles... Por muito tempo fizeram parte de mim... Eu lhes chamava pelos nomes: Ellen O’Hara, Melaine Hamilton, Ashley Wilkes, Rhett Butlley... Ah! Rhett... Eu amava Scarllet O’Hara, mas fui má para com ela... eu sonhava com você! E, muitas vezes, quando eu fechava aquele livro, deitada em minha cama, eu viajava em teus braços, Rhett... Ao despertar dizia para mim mesma, saindo daquele êxtase platônico: “Amanhã pensarei no assunto!”
Cresci, amadureci... Tudo ficou para trás, as doces lembranças ficaram...
Porém o tempo passou... E O VENTO LEVOU!
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Margaret Mitchell

2 comentários:

Caca disse...

Muito bom! Essa marcas que nos ficam, dentre tantas as que a vida nos deixa pela nossa caminhada, são as boas recordações presentes. Um abraço. Paz e bem.

Ana disse...

Esther:
Nunca li o livro, mas já vi o filme algumas vezes. O pessoal da minha família cai de pau em cima de mim, dizem que sou brega e afins... rsrsrs Mas nem ligo. Gosto e assumo.
Gostei muito do seu texto.
Beijo.