Lá no meio do mato
O matuto
De amor se toma pela morena
Dela ninguém se atrevia
Achegar
Filha de caboclo bravo
Pensando nela
De amores o matuto sofre
Pela distância imposta
Coragem cria
Numa noite escura
Como gato arrasta-se sob a casa da formosa
Que de madeira elevada era
E sob o quarto da amada
Arranha o piso na esperança de um encontro furtivo
Não era, porém, o quarto certo
Mas do caboclo
Que, de arma na mão
Atirando sai
Naquele bicho irritante
E o pobre coitado humilhado
Como gato pardo na mata se vai
Corre
Corre pela vida
Na cidade vai parar
Onde empresário se faz
Contador de histórias
Aos sobrinhos conta
Divertido
Aquela do infeliz gato pardo.
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Um comentário:
Legal, Vicenzo. Gostei.
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