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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Silêncio de Deus - por Esther Rogessi

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Em sua visita a Auschwitz, o papa Bento XVI mostrou bastante desconforto ao lembrar de todo massacre sofrido pelos judeus, chegou a dar voz ao seu pensamento e disse: “Por que Deus calou diante de tamanho mal?”

Houve o silêncio de Deus durante a 2ª Guerra Mundial, quando os ustasha (croatas católicos) e os chetniks (sérvios ortodoxos) lutaram entre si e trucidaram suas populações civis...

Em nome de Deus?

Deus calou quando uma grande parte dos mulçumanos do vale do Drina foram dizimados, em um massacre étnico, em Goradze, na Bósnia; calou-se em Ruanda; na América, durante os massacres sofridos pelos povos indígenas; cala-se hoje no Sudão, onde vemos povos de etnias diferentes lutando entre si, em nome de quem?

Em nome de Deus?
Certamente que não!

No evangelho de São João está escrito:
“Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar pensará que está a fazer um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.” (Jo 16:2-3)

Por que questionar o silêncio de Deus perante as catástrofes causadas pela ganância, incredulidade e falta de amor do ser humano?
Ou ainda, por que fazer guerra, em nome do Príncipe da Paz?
Por que procurar culpar a Deus dos nossos próprios erros?

Comumente o homem não o quer ouvir! Faz pouco caso Dele! Porém, diante dos horrores por eles mesmos causados, culpam a quem não querem ouvir-Lhe a voz... E ainda questionam o seu silêncio!
Quando Jesus foi levado a Pôncio Pilatos, quando este tentou persuadir os judeus a não crucificarem Cristo - em vão, pois a multidão enfurecida queria o Seu sangue-, responderam a Pilatos: “O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos” (Mt 27:25).

Eles mesmos amaldiçoaram os seus filhos e a sua posteridade. A Nossa palavra tem poder. Na nossa boca está um instrumento que tem o poder da vida e da morte.

De que se queixa o homem vivente? “Queixe-se cada um dos seus próprios pecados.” (Lm 3:39)

Tudo foi falado, tudo foi dito, resta-nos seguir ou não, sofrermos as consequências dos nossos atos ou gozarmos os frutos da obediência e do temor a Deus. Há um livre-arbítrio para se seguir, é questão de escolhas... Com ou sem Cristo, porém, de acordo com nossas escolhas, sejamos homens bastante para reconhecermos que Deus nada tem a ver com o que decidirmos.
Ele ditou as regras... E estas estão às nossas mãos.

Desde o início de tudo, o homem costuma repassar as suas responsabilidades no tocante aos seus erros. No acerto o mérito é próprio, porém dificilmente se assumem os próprios erros.
Começou por Adão, o primeiro homem que Deus instituiu como Seu povo, feito para Sua Glória e Louvor e Eva... Sua adjuntora. Quando esta cedeu à tentação e quis compartilhá-la com Adão, vindo este a ceder, quando o Senhor Deus o inqueriu sobre tal fato, ele, simplesmente, colocou a culpa em Eva: Foi a mulher que tu me deste...
A verdade é que, comumente, caímos por nossa própria opção, livre escolha.

Portanto, que deixemos de questionar Deus e procuremos conhecer a Sua vontade, para que tenhamos vida e vida em abundância.

Muitos são os medos que habitam no coração do homem, porém, se temos que temer alguma coisa, que temamos não conhecer a Deus.



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Um comentário:

Ana disse...

Eu acho que o problema, Esther, é que Deus leva a culpa por tudo...
Aqui neste planeta estamos mais sob as vontades dos homens do que qualquer outra coisa. O livre-arbítrio mostra do que o ser humano é capaz, e ele faz a festa...
Veja quem tem olhos para ver.
Muito bom seu texto. E esta imagem é realmente fortíssima e tem tudo a ver com a sua explanação. Gostei muito.
Beijos.