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domingo, 12 de julho de 2009

O Imaginário - por Alba Vieira

A realidade está vinculada ao ponto de vista do observador. Apreendemos o mundo, neste nosso estágio de evolução, utilizando, principalmente, os cinco sentidos: visão, audição, olfato, gustação e tato.
Tudo o que acontece no mundo acontece primeiro na nossa mente. Einstein disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento.
Nós atribuímos significados às imagens segundo nossos condicionamentos. Se a forma como olhamos algo nos prejudica, temos a capacidade de mudar isso a qualquer momento, já que somos nós que enterramos, no nosso inconsciente, estímulos desagradáveis. Ao olharmos a realidade por outro ângulo ela será modificada. Podemos fazer a escolha de sair do casulo condicionado. Isso é transformação.
Cada um de nós apresenta um sistema sensorial que é mais relevante na percepção do meio externo: visual, auditivo ou cinestésico, segundo a utilização na PNL (programação neurolinguística).
Sobretudo para aqueles que são mais visuais na sua forma de apreensão da realidade, o treinamento com imagens é enriquecedor. Mas, também para aqueles que “ouvem” ou “sentem”, predominantemente, o mundo que os cerca, é importante esse trabalho.
A observação de pinturas abstratas pode ser uma forma de treinamento na esfera visual, para desenvolver a capacidade de olhar por outro ângulo. Um novo olhar para determinada experiência ou ver o outro de nova perspectiva ou ainda nos vermos de uma forma diferente é transformador, muda o nosso estado.
Ao pintar um quadro, o artista coloca na tela uma visão de algo segundo seu ponto de vista, como o impressionou aquilo que tenta expressar. Pode ser algo concreto: uma paisagem, um objeto, um ser vivo ou algo abstrato. Utilizando as tintas, compõe as imagens de acordo com o seu mundo interior.
Pintar é terapêutico porque é expressão, é linguagem, permite extravasar.
O que percebemos ao olhar uma pintura é totalmente individual e um mesmo quadro poderá simbolizar algo diverso em momentos diferentes da vida do observador.
Constitui um exercício interessante olhar uma pintura e escrever sobre o que ela representa num determinado momento e reolhá-la outras vezes, sentindo como muda a perspectiva, tornando-se possível enxergar outras coisas na mesma tela. A escolha do que vê pertence sempre ao observador. É como na vida, em que escolhemos a forma como recebemos cada pessoa, acontecimento; como percebemos cada fragmento da realidade.
Trabalhando com o imaginário, podemos desenvolver a capacidade de transformação, isto é, alterar o nosso estado diante de qualquer experiência. Estar bem ou mal só depende de nós mesmos, de como vemos o mundo. Podemos, em qualquer momento, ressignificá-lo, promovendo transformação em nossa vida.



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Um comentário:

Ana disse...

É isso aí, Alba! O imaginário é tudo! Acho que já tive oportunidade de te dizer aqui que este foi o tema de meu trabalho de final de curso, não é?
Beijo.