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VÃOS
Em vão tento resgatar momentos bons de minha juventude. Encontro, tecidas em minha pele, vergonha, culpa e asco. Minha adolescência está soterrada: ruínas de tragédia, desmandos e luxúria esmagam meu corpo deformado pela violência. Escombros inúteis e irrecicláveis bloqueiam a luz, impedem o ar, protegem a morte. Desequilíbrio, tortura e insanidade são o amálgama decadente de uma família imatura e pervertida. Resulta disto meu cadáver jovem, agonizante, capitulado, desistente, decomposto e violado. Sem memória, sem momentos, apenas a dor lenta e interminável que aguarda o último suspiro. Em vão.
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VÃOS
Em vão tento resgatar momentos bons de minha juventude. Encontro, tecidas em minha pele, vergonha, culpa e asco. Minha adolescência está soterrada: ruínas de tragédia, desmandos e luxúria esmagam meu corpo deformado pela violência. Escombros inúteis e irrecicláveis bloqueiam a luz, impedem o ar, protegem a morte. Desequilíbrio, tortura e insanidade são o amálgama decadente de uma família imatura e pervertida. Resulta disto meu cadáver jovem, agonizante, capitulado, desistente, decomposto e violado. Sem memória, sem momentos, apenas a dor lenta e interminável que aguarda o último suspiro. Em vão.
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