achei o fim do meu braço;
tentei amarrar a lua,
ela se foi, levando meu laço.
Resignei-me a ser sozinho,
e a solidão me chamou amigo;
ela não foi má companhia,
mas é úmido e sombrio, seu abrigo…
De onde a saudade é extirpada,
um afeto teve habitação;
novo alento minando lembranças,
mata aquela, de inanição.
Em outra fase, o brilho da lua,
olhares que miram o mesmo horizonte;
passos contíguos, marcam a rua,
e almas sequiosas, repousam na fonte…
Primavera fez a flor brotar,
ornando a margem do caminho;
também fez a ave voar,
levando partes do ninho.
Não mais vou cansar o braço,
agora é um lugar para repousar;
tampouco laçar a lua,
só beber, gotas de luar.
Visitem Leo Santos
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2 comentários:
Solidão machuca. É um tempo bom pra rever nossa vida, nossos conceitos, nossos valores e o que esperamos de alguém. Mas nunca é fácil...
Lindo, Leo,lindo!
Como sempre...
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