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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Como Traduzo o Pai Nosso - por Alba Vieira

Essa oração nos lembra que para vivermos plenamente a vida material e tirarmos dela o que de valor ela possui, que é a experiência, é preciso estar imbuído da certeza de que estamos numa experiência corpórea, de vida material, mas somos seres espirituais, eternos. Somos centelha do Absoluto. Daí que pedimos que Ele que está no céu venha a nós e também o reino dos céus venha a nós. Isso quer dizer reconhecer a nossa espiritualidade. Se é isso o que fazemos, então temos a aceitação (aceitar que seja feita a vontade de Deus assim na terra como no céu, aceitar as leis naturais). Assim, sabemos que temos que viver o momento presente e não a nostalgia do passado ou a angústia do futuro (o pão nosso de cada dia nos dai hoje). Pedimos que perdoe os nossos pecados assim como perdoamos a quem nos tenha ofendido. Com isso propõe um olhar de relatividade, trocando de lugar com o semelhante para que possa avaliá-lo e perdoá-lo. Fazendo isto, exercitando assim, poderemos esperar que também nossas atitudes sejam dessa forma julgadas por Deus. Perdoar aos outros e a nós próprios, valorizando que o importante é o aprendizado. Virão sempre as escolhas. Se escolhemos bem, acertamos e então mostramos que já sabemos aquilo. Se escolhemos mal, erramos e, caso reconheçamos o erro, também estaremos aprendendo, nos perdoando por ter errado e evoluindo. Pedimos que não nos deixe cair em tentação que é enxergar o mundo material sem considerar que somos seres de luz. O material por si só pode representar o mal, porém se vivido com consciência de que é apenas um campo de experiência para que se manifeste o espiritual, poderá representar o bem. Esta oração é um lembrete para ter a consciência do mundo espiritual durante toda a nossa existência, o que nos mantém no aqui e agora, aumentando o nosso poder pessoal. Também nos incita a exercitar o perdão e nos capacita a escapar das tentações, nos livrando do mal. E quando dizemos “seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu”, esperamos aceitar, ter fé, nos entregar ao destino e ao mesmo tempo exercer o nosso livre-arbítrio, aceitando aquilo que não pode ser mudado, mudando o que é possível mudar e tendo a capacidade de discernir entre as duas situações.



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Um comentário:

Ana disse...

É isso aí, Alba!
Gostei!
Novos olhares!
Beijos!