Meu jantar seja perfeito.
Dele isolo as gorduras,
Atenta aos ingredientes...
Como alface, chuchu e vagem,
Arroz com tomate e só,
Viso não ter meu estômago,
Reclamando quiproquós.
Enquanto como, visualizo,
Não meu prato ali, de verde,
Mas um baita sanduíche
De três camadas com aliche...
Vou me deliciando com o creme,
Mostarda, pimenta e ketchup,
Um patê bem variado, incrementando
Tal peixe.
Do pão, não preciso falar, tem que redondo ser,
Alto, fofo, bem clarinho,
Para eu ter muito prazer.
Sobremesa nem se fala,
Mas dei um jeito para tal:
Coloquei no mesmo prato
Balas de coco artesanais.
Embora essas delícias
Só dançassem no pensamento,
Meu estômago, coitado,
Aprontou e ficou doente.
Visitem Adir Vieira
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2 comentários:
Diza:
Muito bom este texto, principalmente quando você termina mostrando que é possível, através de uma visão privilegiada, criar para si mesmo a própria realidade. E mais: sem droga, cogumelo ou outros artifícios.
Adir:
Demais! Adorei! Muito bom! ÓTIMO!!!!!
Cê tava fazendo falta!
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