Queria te contar que estou muito feliz com sua vinda. Não sei se saberei te fazer entender o quanto já és importante em minha vida.
E eu que não tinha nada, apenas a esperança de que um dia você viria, de repente recebo a notícia, em um bar movimentado, que você ia chegar.
Sua mãe trouxe-me os seus sapatos - pés sempre foram sinônimos de segurança... sapatos então que protegem os pés me dizem que são a proteção, a segurança da segurança.
Junto com os sapatos havia um bilhete de três frases curtas, mas que soaram a meu ouvido como um coro de um canto gregoriano: Música, Imagem, magia, iluminação.
Poesia, amor, emoção.
Tudo isso passou por mim em instantes e me fez tão feliz que se eu não estivesse ali, no meio de um bar, teria gritado:
- Eu sou feliz!
Sua mãe estava radiante e seu pai com um ar de rei, como se me dissesse:
- Não te falei que ele viria?
E eu ali, no meio das mesas do bar, me senti rainha única e poderosa diante das minhas amigas...
Eu ali é que reinava, pois você estava vindo.
Sorri o sorriso dos vencedores.
Eu teria você em meus braços, poderia curtir o tempo que eu quisesse.
Iria cobrir você de beijos, e à noite falaria para você, só para você, no seu ouvido, sussurrando como foi o meu dia, até sobre a saudade que eu viesse a sentir de você.
Lembrei dos meus planos para quando você chegasse, assim como seu primo.
Iríamos passear, acampar, escalar sonhos, curtir locais novos, ver cores e o arco-íris e ir atrás do pote de ouro que existe no final de cada um deles.
Com certeza alguém terá ciúme do nosso amor, mas o que importa isso?
Não sou egoísta, posso até aceitar que me rotulem de ciumenta e carente, mas egoísta nunca!
Lógico que se você deixar de me ver, de me procurar, de me telefonar, de me visitar, morrerei aos poucos de ciúme, mas mesmo assim nunca deixarei de te amar.
Fico sonhando com a cor dos seus cabelos, com a cor dos seus olhos, com o seu jeito de ser.
Fico imaginando o seu sorriso como aquele riso cristalino que sem querer coloquei no meu celular. Acho mesmo que foi ele que te chamou para mim.
Acho que Deus ficou com pena da minha solidão, dos meus desejos e dos meus sonhos e os transformou em realidade.
Acho mesmo que Ele ficou com tanta dó que resolveu me dar em dose dupla o que eu tanto queria e assim eu não podia reclamar nem questionar e só teria que ter tempo para amar e não poderia dizer que estava me sentindo sozinha.
Você estava ali pronto para me receber, para me amar.
E eu ali, ansiosa, esperarei o tempo previsto para ouvir o seu primeiro choro. Acho mesmo que o primeiro choro será assim:
- Cadê a vovó Ana?
E depois o primeiro riso, a primeira gargalhada, aquela que trará de volta a alegria de um passado distante onde eu ouvi a gargalhada primeira de sua mãe.
Também poderei estar presente quando você for para a escola e na porta, se chorar, tentarei convencer sua mãe a deixá-lo voltar. Se não der certo, fico ali esperando por você para que você saiba que não está sozinho.
Estarei por perto quando as gengivas coçarem e incomodarem e te fizerem chorar - talvez um dos seus primeiros contatos com a dor.
E pelo método antigo, coçarei com a chupeta ou com brinquedos de borracha ou outro brinquedo macio.
Estarei também por perto quando o dentinho romper as gengivas e sair aquele pontinho branco que será a alegria de todos.
Estarei por perto quando você estiver crescendo, amando e sofrendo.
Terás meu colo para as dores das palmadas que porventura vieres a receber.
Terás meus braços para te ampararem quando iniciares os primeiros passos e tiveres medo de cair.
Terás meu colo para as febres infantis que quiserem te incomodar e te abater.
Terás meus braços para te receberem sempre que quiseres ir para a casa da VOVÓ - onde tudo pode.
Terás meus sonhos, meus olhos atentos ao menor sinal de tristeza tua e se preciso me transformarei em palhaço, mágico, ator ou dançarina e o que preciso for para trazer de volta ao teu rosto o teu sorriso maroto.
Terás meus ouvidos atentos a todas as tuas causas e que podem te fazer crer que sempre terás alguém disposto a te ouvir.
E terás, acima de tudo, essa avó coruja e que pretende ser, se possível, a avó que todos os netos sonham ter: aquela de colo macio e olhar terno, aquela que tem de sobra paciência e um colo acolchoado.
E, mais do que tudo isso, terás sempre em mim muito mais do que uma simples avó - terás uma eterna amiga!
Sua avó ANA.
E eu que não tinha nada, apenas a esperança de que um dia você viria, de repente recebo a notícia, em um bar movimentado, que você ia chegar.
Sua mãe trouxe-me os seus sapatos - pés sempre foram sinônimos de segurança... sapatos então que protegem os pés me dizem que são a proteção, a segurança da segurança.
Junto com os sapatos havia um bilhete de três frases curtas, mas que soaram a meu ouvido como um coro de um canto gregoriano: Música, Imagem, magia, iluminação.
Poesia, amor, emoção.
Tudo isso passou por mim em instantes e me fez tão feliz que se eu não estivesse ali, no meio de um bar, teria gritado:
- Eu sou feliz!
Sua mãe estava radiante e seu pai com um ar de rei, como se me dissesse:
- Não te falei que ele viria?
E eu ali, no meio das mesas do bar, me senti rainha única e poderosa diante das minhas amigas...
Eu ali é que reinava, pois você estava vindo.
Sorri o sorriso dos vencedores.
Eu teria você em meus braços, poderia curtir o tempo que eu quisesse.
Iria cobrir você de beijos, e à noite falaria para você, só para você, no seu ouvido, sussurrando como foi o meu dia, até sobre a saudade que eu viesse a sentir de você.
Lembrei dos meus planos para quando você chegasse, assim como seu primo.
Iríamos passear, acampar, escalar sonhos, curtir locais novos, ver cores e o arco-íris e ir atrás do pote de ouro que existe no final de cada um deles.
Com certeza alguém terá ciúme do nosso amor, mas o que importa isso?
Não sou egoísta, posso até aceitar que me rotulem de ciumenta e carente, mas egoísta nunca!
Lógico que se você deixar de me ver, de me procurar, de me telefonar, de me visitar, morrerei aos poucos de ciúme, mas mesmo assim nunca deixarei de te amar.
Fico sonhando com a cor dos seus cabelos, com a cor dos seus olhos, com o seu jeito de ser.
Fico imaginando o seu sorriso como aquele riso cristalino que sem querer coloquei no meu celular. Acho mesmo que foi ele que te chamou para mim.
Acho que Deus ficou com pena da minha solidão, dos meus desejos e dos meus sonhos e os transformou em realidade.
Acho mesmo que Ele ficou com tanta dó que resolveu me dar em dose dupla o que eu tanto queria e assim eu não podia reclamar nem questionar e só teria que ter tempo para amar e não poderia dizer que estava me sentindo sozinha.
Você estava ali pronto para me receber, para me amar.
E eu ali, ansiosa, esperarei o tempo previsto para ouvir o seu primeiro choro. Acho mesmo que o primeiro choro será assim:
- Cadê a vovó Ana?
E depois o primeiro riso, a primeira gargalhada, aquela que trará de volta a alegria de um passado distante onde eu ouvi a gargalhada primeira de sua mãe.
Também poderei estar presente quando você for para a escola e na porta, se chorar, tentarei convencer sua mãe a deixá-lo voltar. Se não der certo, fico ali esperando por você para que você saiba que não está sozinho.
Estarei por perto quando as gengivas coçarem e incomodarem e te fizerem chorar - talvez um dos seus primeiros contatos com a dor.
E pelo método antigo, coçarei com a chupeta ou com brinquedos de borracha ou outro brinquedo macio.
Estarei também por perto quando o dentinho romper as gengivas e sair aquele pontinho branco que será a alegria de todos.
Estarei por perto quando você estiver crescendo, amando e sofrendo.
Terás meu colo para as dores das palmadas que porventura vieres a receber.
Terás meus braços para te ampararem quando iniciares os primeiros passos e tiveres medo de cair.
Terás meu colo para as febres infantis que quiserem te incomodar e te abater.
Terás meus braços para te receberem sempre que quiseres ir para a casa da VOVÓ - onde tudo pode.
Terás meus sonhos, meus olhos atentos ao menor sinal de tristeza tua e se preciso me transformarei em palhaço, mágico, ator ou dançarina e o que preciso for para trazer de volta ao teu rosto o teu sorriso maroto.
Terás meus ouvidos atentos a todas as tuas causas e que podem te fazer crer que sempre terás alguém disposto a te ouvir.
E terás, acima de tudo, essa avó coruja e que pretende ser, se possível, a avó que todos os netos sonham ter: aquela de colo macio e olhar terno, aquela que tem de sobra paciência e um colo acolchoado.
E, mais do que tudo isso, terás sempre em mim muito mais do que uma simples avó - terás uma eterna amiga!
Sua avó ANA.
Visitem Ana Maria Guimarães Ferreira
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Um comentário:
Muito legal seu texto, Ana Maria!
Gostei!
Esses amores são tão bons!... São tudo de ótimo.
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