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segunda-feira, 30 de março de 2009

Guardados - por Adhemar

A verdade, depois de um tempo, aparece. Se revela. Às vezes fica esquecida num canto, num fundo qualquer de baú, debaixo de muita poeira. E alguém sempre assopra.

A verdade é uma amiga perversa. Está sempre certa. Às vezes se disfarça e espreita. Nem sempre é o atalho mas, ao contrário do crime, compensa.

A verdade é uma atleta, forte e vencedora. Mesmo quando perde permanece soberana e... Soberba. Aliás, é irmã da honra, do fio de bigode, do caráter e da vergonha na cara. É irmã da coragem...

A verdade é sempre completa, mesmo desconhecida ou apócrifa; às vezes está exilada, mas volta por cima, altiva. De quando em quando a verdade é herdeira da mentira.

A verdade é exata, matemática. Regida pelos astros, regular como as marés. A verdade está nas estrelas, no dia claro, nos temporais e na floresta.

Mas a verdade também é urbana, é filosófica e profunda. Nada mais humano do que uma boa verdade.
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Visitem Adhemar
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2 comentários:

Adir disse...

Gostei muito, Adhemar.
É verdade!
Abraços,
Adir

Ana disse...

Adhemar é Adhemar!
Mais uma pérola para nossa coleção do Duelos!
Um abraço, poeta.