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segunda-feira, 30 de março de 2009

Catre - por Léo...

Anseio deflorar todo o substrato úmido a minha volta
Anseio delir cada construção edificada
Anseio entregar-me ao nada
Correr todas as faces do corpo no solo virgem
Até que a areia branca sane a cobiça dos meus dedos
Me queime
Se arranje nos vãos das minhas unhas
E que seus flocos de tão pressionados contra minhas carnes, quando longe, me deixem a impressão granulada de que em mim permanecem impregnados, pois em mim permanecerão genuínos de espírito
Anseio tocar as texturas dos porosos favos
Destacá-los
Untá-los na lama nectária
Lambê-los e enterrá-los na mesma areia estéril
Para que germinem minha inquietude
Minha falta de sono
Minha falta de solo
.

Um comentário:

Ana disse...

Léo...:
Que profundo!
MUITO BOA!
PARABÉNS! PARABÉNS! PARABÉNS!