Sou apenas uma folha ao vento. Folha de outono que tem época certa para cair.
Quando escrevi isto estava solta, me preparando para a mudança que viria. Tinha um pouco de medo, o que é natural para os que buscam sempre a segurança. No entanto, sabia que meu amadurecimento já tinha ocorrido, que era chegada a hora de cair do pé.
Era preciso morrer, desconstruir, varrer tudo o que já existia e não mais me satisfazia, deixar o campo livre para a nova semeadura.
Hoje, quando já passou o tempo, os ventos já tiraram as folhas das árvores, o espaço já está novamente preenchido pelo novo, não há mais vento e somente uma brisa amena toca meu rosto, vejo que nem tão difícil assim foi. Houve lamentações, resistência, teimosia. Sinto que tantas vezes finquei o pé e pensei em não sair de onde estava a qualquer custo. Mas o cansaço natural pela própria mudança que se instalava quebrou a última resistência e, finalmente, eu me entreguei ao novo. Deixei que a vida tecesse a nova teia onde hoje me abrigo. Teia que me envolve, toca de leve e me enreda outra vez, até que chegue o momento de novamente varrer os fios cuidadosamente traçados, antever o caos e sofrer pela desconstrução, mas poder experienciar, então, a alegria de traçar um novo caminho. E, surpresa com a edificação nova, há necessidade de reunir as habilidades, concentrar-me no processo e ser feliz de poder renascer, fênix liberta.
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Quando escrevi isto estava solta, me preparando para a mudança que viria. Tinha um pouco de medo, o que é natural para os que buscam sempre a segurança. No entanto, sabia que meu amadurecimento já tinha ocorrido, que era chegada a hora de cair do pé.
Era preciso morrer, desconstruir, varrer tudo o que já existia e não mais me satisfazia, deixar o campo livre para a nova semeadura.
Hoje, quando já passou o tempo, os ventos já tiraram as folhas das árvores, o espaço já está novamente preenchido pelo novo, não há mais vento e somente uma brisa amena toca meu rosto, vejo que nem tão difícil assim foi. Houve lamentações, resistência, teimosia. Sinto que tantas vezes finquei o pé e pensei em não sair de onde estava a qualquer custo. Mas o cansaço natural pela própria mudança que se instalava quebrou a última resistência e, finalmente, eu me entreguei ao novo. Deixei que a vida tecesse a nova teia onde hoje me abrigo. Teia que me envolve, toca de leve e me enreda outra vez, até que chegue o momento de novamente varrer os fios cuidadosamente traçados, antever o caos e sofrer pela desconstrução, mas poder experienciar, então, a alegria de traçar um novo caminho. E, surpresa com a edificação nova, há necessidade de reunir as habilidades, concentrar-me no processo e ser feliz de poder renascer, fênix liberta.
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2 comentários:
Comentário por Raquel — 21 dezembro 2008 @ 1:51
A felicidade do renascer…
é um privilégio de quem se coloca na condição de humano…
Uma dádiva q nos é concedida.
Bj.
Comentário por Ana — 4 janeiro 2009 @ 12:08
Demais, Alba!
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