Meu corpo grita
Meu corpo exclama
Meu corpo reclama
Meu corpo chora
Meu corpo aclama
Meu corpo sua
Meu corpo anda
Meu corpo nada (num vai-e-vem),
Meu corpo emerge, imerge
E não conhece ninguém.
Meu corpo fica paralisado dentro do trem
Meu corpo na rua vagando…
Meu corpo sentado no banco da praça
E nem sente o tempo passar.
Meu corpo flutua…
Meu corpo voa sem precedente.
Meu corpo vai
Meu corpo morre,
Mas vive numa boa!
Meu corpo numa janela à procura das multidões!
Meu corpo balança,
Mas volta a sentir o chão.
Meu corpo não é nada diante do cosmo
Meu corpo vira bicho
Meu corpo é puro pó…
Dele veio,
Dele se vai!
Meu corpo na areia
Meu corpo é energia/sinergia
Meu corpo é atração/retração
Meu corpo é tudo e ao mesmo tempo não vale nada!
Meu corpo é santuário!
Meu corpo é reflexo sem nexo
Meu corpo é complexo que não tem resposta pra tudo…
Incompleto de ser o que não tem.
Meu corpo é meu corpo!
Vou doar para alguém
Porque os trapos vão estraçalhar nas terras do além!
Meu corpo é só um corpo…
Ele vai ficar na mente de outros,
Vai ser estudo nem de tudo,
Mas as marcas ficarão para todo o sempre na memória…
Este é meu corpo e nada mais.
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Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
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*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
Um comentário:
Comentário por Ana — 13 fevereiro 2009 @ 14:01
Gostei, Poty! Muito legal!
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