Às vezes nos deixamos nos levar por sonhos, simples sonhos, que em nada fazem sentido, sem nenhuma promessa, meio assim como nada a nos oferecer, nada a nos dar, sem significado nenhum, mas sonhamos com o perfeito e, deste perfeito, que alguém chegue e que nos dê somente um pouco de atenção, um pouco só de amor, um pouco apenas, pelo mínimo que se possa dar; apenas algumas risadas, algumas simples palavras, palavras assim sem serem pensadas, sem serem elaboradas, apenas simples palavras, que cheguem e preencham um pouco da solidão que há por dentro de nós, e sonhamos acordados com um pouco de conforto, com um ombro amigo que apenas nos diga boa noite, e que desta boa noite soe um simples beijo, um beijo mal dado, um beijo até roubado, mas que nos conforte um pouco, que nos mostre pelo menos uma pequena luz a nossa realidade para cobrir um pouco do mundo frio e solitário.
Às vezes nos enganamos por deixar e fechamos nossos olhos para um pouco sonhar acordado, sonhar com alguém, que de tão longe se possa sentir o seu perfume pelo ar, que deixe o vento a acariciar, como que sendo tocado, como sendo levado, voando e voando num sentimento sem fim, mesmo sem do lugar sair, mesmo sem asas, e então deste mágico instante, como conto de fadas, voltamos à Terra do Nunca, de novo somos crianças e nos deixamos levar, por horas e horas a fio, e da realidade que em fração vem em segundos, novamente acordamos.
E então nos vemos de novo na vida real.
E entendemos que estamos amando a uma pessoa.
(...)
Um comentário:
Muito legal, Zuzza!
Adorei!
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