Muros erguidos, pontes, continentes, fronteiras... desconhecemos a transitoriedade da alma. Estamos expostos e ao mesmo tempo escondidos. Ou será que apenas um de nós se esconde?
Quero falar e não consigo encontrar o tempo exato, sinto que as palavras soam fragmentadas e divago assustada... a intensidade dos fatos é a medida que preenche o diafragma. Respiro profundamente, como alguém que cava um poço. Por vezes me dói um simples suspiro. Evapora a tua voz na minha pele tingida pelos raios daquele sol acima de qualquer nuvem.
Sobrevivo ao deserto que ecoa a tua presença sob o pretexto da miragem. Há um oásis longe da civilização. É no deserto que habito. Tu és o estrangeiro que invade minha morada. Os camelos estão longe daqui de qualquer modo a batalha está travada.
Quero falar e não consigo encontrar o tempo exato, sinto que as palavras soam fragmentadas e divago assustada... a intensidade dos fatos é a medida que preenche o diafragma. Respiro profundamente, como alguém que cava um poço. Por vezes me dói um simples suspiro. Evapora a tua voz na minha pele tingida pelos raios daquele sol acima de qualquer nuvem.
Sobrevivo ao deserto que ecoa a tua presença sob o pretexto da miragem. Há um oásis longe da civilização. É no deserto que habito. Tu és o estrangeiro que invade minha morada. Os camelos estão longe daqui de qualquer modo a batalha está travada.
Ó estrangeiro, recordai da árvore que finca suas raízes no deserto. Ide com o vento, lançai os grãos para bem longe daqui. Mas se por acaso relutares, direi que tudo não passou de um delírio.
Apesar de toda clareza, vultos se amontoam. Ou a consciência me parece cega, ou nunca percebi o que está além da visão.
20/12/2012
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