tão transparente e carnal.
Tão sem lume, unicamente,
tão somente carnaval.
Só me entendo como sou,
construtora indecifrada.
Trabalhando-me sem pressa,
cara solta, alma lavada.
Só me entendo como sou,
eu me reservo ao acaso.
A vida me desenhou
somente esse poço raso.
Só me entendo como sou,
arco-íris, nuvem clara.
Sendo a chuva, sendo o vento
passos lentos, peito estala.
Só me aceito como sou,
cavalo solto e veloz.
Galopando meus anseios,
minha lei é minha voz.
.
.
Visitem Marília Abduani
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário