Devo arrancar os espinhos ou esquecer os espinhos e buscar nova flor?
O que está certo: apagar a vingança ou morrer de esperança?
Tudo é dilema.
Não sei se calo, não sei se grito, não sei se nego ou se permito.
Devo procurar meus passos para achar os teus
ou esquecer teus passos para achar os meus?
Devo sair de mim pra te encontrar, sereno,
ou arrancar de mim o teu olhar moreno?
Esquecer a luz e caminhar nas trevas
ou esquecer as trevas se quiser ter luz?
Dentro de mim tudo é drama, tudo é fossa, tudo é trama.
Não sei se canto, não sei se escapo
ou se levanto e te mato.
Devo esquecer os versos que, em vão, componho
ou esquecer a realidade e viver de sonhos?
E à noite, devo sonhar ou dormir infeliz?
Devo querer quem me quer ou esquecer quem não me quis?
Devo viver a vida e fugir da morte
ou esquecer a morte se quiser ter vida?
Não sei mais: se amo ou se esqueço
se enfrento ou se escondo,
se espero ou se prossigo em minha ida.
Devo rir ou chorar diante da treva da vida?
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..............Visitem Marília Abduani
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Um comentário:
Marília:
Como sempre lindo! Lindo demais seu poema! E profundo.
Um beijo.
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