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domingo, 9 de janeiro de 2011

Anos Incríveis - por Gio

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Os anos 80. Ah, os anos 80... Incrível como essa época provoca suspiros em cadeia quando é mencionada. Muitos viveram nela, e muitos têm boas lembranças de lá: a explosão musical, os clássicos, a infância, a década do experimentalismo. Da mesma forma, as correntes do tipo DNA (Data de Nascimento Antiga) cultuam coisas de um pouco mais além, onde a TV era em preto-e-branco e o rock and roll dava os seus primeiros passos. Eu, como bom nostálgico, normalmente me comovo com esse tipo de coisa.

Acontece que eu não vivi isso. Eu nem tinha começado a falar quando Cazuza e Freddie Mercury se foram. Os Chili Peppers já estavam com o Frusciante quando eu comecei a ouvir. Nunca vi os Beatles juntos, nem conheci o primeiro guitarrista dos Rolling Stones. Nunca vi Nacional Kid e, quando vi Astro Boy, já estava remasterizado e em cores. Changeman, para mim, é estória, e só vi o primeiro Jaspion em revistas. Conheci a ditadura nos livros de História, assim como o Diretas Já e os caras-pintadas (que, para uma criança, eram apenas índios). Fofão e Topo Gigio são “lendas” que escutei da minha mãe, e Caverna do Dragão já era retrô quando eu assistia.
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Eu vivi os anos 90. Acordava bem cedo para ver os desenhos da Vovó Mafalda, e aprender a experiência do dia no Eliana e Cia (antes de virar “Bom Dia e Cia”, e perder a graça com a saída da Eliana). No Sábado Animado, eu não perdia O Fantástico Mundo de Bobby. Via Ursinhos Carinhosos, Fly, e os mesmos episódios repetidos de Dragon Ball e Cavalo de Fogo. Na Manchete, acordava cedo para ver Samurai Warriors e Maskman, e chegava em casa do colégio correndo para ver Cavaleiros do Zodíaco e Yu Yu Hakusho. Eu cantava em embromation o tema de fechamento do Capitão Planeta, e o “Keep on shining/Keep on shooting” da abertura de Shurato virava “E com Jaime/E com Judy”. Cresci vendo Thundercats, Silverhawks e Os Seis Biônicos. Alguém se lembra de Os Jovens Guerreiros Tatuados de Beverly Hills?

Quando surgiu a TV a cabo, fiquei curioso. Quando instalaram ela na minha casa, foi amor à primeira vista. Eu solucionava os mistérios do Fantasma Escritor, e aprendia os origamis nos intervalos do Discovery Kids. Assistia O Máskara e Ace Ventura; morria de rir com Freakazoid e Pinky e Cérebro; via O Mago e Oggy e as Baratas sem saber que eram canadenses. Acompanhei gerações e gerações de Power Rangers (e semelhantes, como Beetleborgs). Quando minha aula passou para a manhã, acordava às 6:30 só para ver A Tartaruga Touché. Meu sábado de manhã mudou para Big Bag e As Trigêmeas – e um pouco de Super Mario World no SNES, é claro.
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Passava as férias na praia jogando taco com as vizinhas. Arrebentei algumas Molas Malucas, e vi meus tios ficarem com hematomas por brincarem com o meu bate-bate. Tinha um mini-pescaria com ímã, e achava o Aquaplay o máximo. Tive um tênis que acendia luz nos calcanhares, e construí aviões com os palitinhos de Frutilly. Meu dindo teve um Startac e meu irmão, um Tamagotchi. Lia a Veja Kid+, e a Contigo Kids quando ainda vinha dentro da Contigo. Entrei na febre Pokémon e, logo em seguida, na Digimon também. Perdi a conta de quantas miniaturas eu tive de cada um. Meu trauma de adolescência foi descobrir que a minha mãe doou meus Lego para um orfanato.

Assisti a O Rei Leão e O Corcunda de Notre Dame no cinema. Nas minhas esperas dentro de um carro estacionado, enrolava em bom portunhol “No Te Preocupes”, do El Simbolo, e fiquei marcado por “I Live My Life for You”, do Firehouse. Vi o Skank se tornar a banda favorita da minha infância, e o J. Quest mudar de nome por medo de violação de direitos autorais. Presenciei um festival de novelas mexicanas (na TV, e não no Senado), sendo a metade delas estreladas pela Thalia, e com “Maria” no título. Era apaixonado pela Mili das Chiquititas, e fiquei triste quando ela teve que sair do X-Tudo.
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X-Tudo? Viva a TV Cultura! Acho que ela é um capítulo à parte na minha infância. Dificilmente algo vai me marcar tanto, e em tantas áreas (é, talvez eu seja um nerd). Aprendi com O Professor, ouvia as estorinhas do Babar, e me perguntava como faziam para colocar os rostos nos peixes de Glub Glub. Imaginava como construir uma engenhoca como a da abertura de Rá-Tim-Bum, e cantava as musiquinhas do Castelo Rá-Tim-Bum. ♪ Lava uma mão, lava outra, lava uma...
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Colecionei os jogos de cartas do Nestlé Surpresa e os brinquedos do Kinder Ovo (no tempo que ainda era 50 centavos). Nunca tive um ioiô da Coca-Cola, nem sei dar uma “volta ao mundo”; mas tive algumas garrafinhas, e muitos gelocósmicos. Chupava Push Pops sem a mínima maldade, assim como os pirulitos-chupeta. Bebi Mirinda laranja e uva, 7Up e refrigerantes Diet. Comi pão com Cremucho, e com Iô Iô Crem. Sou do tempo em que o Nesquick ainda era Quick, e que o Stickadinho ainda era Stick.

Vi as boy bands e girl bands surgirem, e irem embora. Vi a Xuxa em sua melhor época apresentar dois programas diferentes. Ah sim, eu morria de medo do Baixo Astral em “Lua de Cristal”. Vi pessoas correndo de “monstros” ao fazerem a escolha errada na Porta dos Desesperados. Lembro do tema de Fera Ferida, e dos mistérios de A Indomada e A Próxima Vítima. Apanhei anos para a internet discada antes de ver a ADSL surgir. Naquele tempo, o YouTube não daria certo...
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Eu vivi os anos 90, e me orgulho disso. Vi muitas coisas surgirem, outras desaparecerem, e outras evoluírem. Aproveitei a minha infância ao máximo, e ainda sou meio criança até hoje. Ao escrever isso, me lembrei de tanta coisa que a nostalgia bateu muito forte; e nem de longe consegui colocar tudo sobre o que me lembrei. E é por isso que eu grito aos quatro ventos: eu amo os anos 90!

*Nota: Eu ainda não me perdoei por ter esquecido de mencionar Cocoricó e O Mundo de Beakman. E acabei de ser lembrado dos Mamonas Assassinas.
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2 comentários:

escrevinhadora disse...

Cara, como vc. é novinho!!!rsrsrs

Ana disse...

Gio:
Os anos 80 foram demais pra mim também, muito bem vividos. Embora tenha passado por eles um "pouco" mais velha que você. rsrs
Ele é novinhozinho mesmo, Escrevinha!
Um beijo, Gio sumido.