“A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes.”
(Oscar Wilde)
“As lágrimas dos velhos são tão terríveis como as das crianças são naturais.”
(Honoré de Balzac)
(Oscar Wilde)
“As lágrimas dos velhos são tão terríveis como as das crianças são naturais.”
(Honoré de Balzac)
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.Caminhando pelas ruas da cidade de São Paulo, Pedro observa os grandes prédios, os monumentos, os cartazes, as propagandas nas lojas e sozinho sente a falta de amor. Carrega nas costas o peso do abandono. Sempre esteve sozinho e continua sozinho. Esmola, rouba, vê nas vitrines o doce que nunca comeu...
- Papai, me dá um nó na garganta ver essas crianças pedindo esmolas e fazendo malabarismo nos faróis.
- Ah, Dudu, não liga! Nós estamos bem e temos uma família.
- Para Matheus! Até pouco tempo eu estava que nem eles; sem ninguém, sem família.
- Matheus, quem é o seu melhor amigo?
- O Dudu, tia Selma.
- Você já imaginou que o Dudu podia estar neste farol, pedindo esmola?
- O quê?
- É, Matheus, você se esqueceu que eu sou adotado? Tive sorte de ir para o abrigo. Lá é um lugar triste, mas cuidaram de mim. Depois tive mais sorte de ser adotado pelos meus pais. E se não tivesse acontecido nada disso eu estaria na rua e, pior ainda, apanhando do homem enrugado.
- Dudu, nunca pensei nisso! Às vezes esqueço que você é adotado!
- Sabe, Matheus, o Pato, meu amigo, foi menino de rua. Ele ficava mendigando nos faróis e até roubou. No abrigo era o protetor das crianças menores. É uma alma boa, que não teve a mesma sorte que você.
- Puxa! Desculpe mesmo, Dudu! Sou um estabanado. Falo as coisas sem pensar!
- Está bom, Matheus, também não precisa se matar por causa disso. Só pense melhor nas coisas antes de dizê-las. Combinado?
- Combinado, tio Pedro. Posso ajudar essas crianças em alguma coisa?
- É, papai, como um ex-menor abandonado, também gostaria! Será que podíamos ajudá-los, mendigando junto com eles?
- Mendigar, Dudu, isso não é ajudar! É necessário estudar e achar alguma coisa para fazer.
- Ih, pai, é tão difícil!!!!!
- Nada na vida é fácil, meu filho.
- Dudu, vamos formar um esquadrão “Antimenor Abandonado”.
- Boa, Matheus, grande idéia!!!
- Calma lá, vocês dois. Primeiro estudem o problema e vejam como podem ajudar. Não façam nada sem pensar bem e sem falar comigo com a mamãe e com os pais do Matheus.
- Tá bom, papai!
(...)
- E seu irmão diz que você precisa estudar mais!
- Não é estudo, papai! Estou pesquisando sobre os menores de rua.
- Ora filho, não deixa de ser um estudo! Você ficou muito interessado.
- É, pai, aprendi muitas coisas. Só não achei uma forma de ajudar.
- Dudu, é assim mesmo! Primeiro a gente aprende. Depois descobre formas de ajudar.
- Mas me diga, o que você aprendeu?
- Pai, você não ia ver o jogo?
- O filho da gente é mais importante que o jogo! Vim te buscar para você assistir comigo. Mas já que está tão compenetrado no seu trabalho, vamos conversar sobre ele.
- Você é meu papai do coração. Nunca me deixa só!
- Me diz o que você aprendeu?
- Bom, primeiro as crianças de rua estão em situação de risco social e psicológico, quase todos foram vítimas de maus tratos ou de abandono. Por trás de um menor de rua sempre tem um adulto. Li sobre alguns casos de crianças que foram encontradas em companhias de homens ou mulheres que estavam bêbedos, diziam serem seus pais e os espancavam. Pensei no homem enrugado. Li também que em épocas de festas, como no Natal, as crianças que pedem em farol, apanham mais, pois seus pais ou responsáveis acham que devem ganhar mais dinheiro.
- É um absurdo, não?
- Todas as crianças querem a mesma coisa, uma família. Assim como eu queria.
- Essas coisas são muito tristes!
- Li também sobre a Chacina da Candelária, eu e o Matheus não acreditamos, achamos um falta de amor às crianças.
- É, Dudu, essas injustiças acontecem no mundo todo, mas existem pessoas que se propõe a ajudar, no Rio de Janeiro mesmo foi formado o Projeto URUÊ e existem outros projetos nas favelas, em São Paulo também e nós vamos achar uma forma de você e o Matheus ajudarem.
- Legal, pai, liguei para a Celinha e para a Elisa e elas também vão ajudar...
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- Papai, me dá um nó na garganta ver essas crianças pedindo esmolas e fazendo malabarismo nos faróis.
- Ah, Dudu, não liga! Nós estamos bem e temos uma família.
- Para Matheus! Até pouco tempo eu estava que nem eles; sem ninguém, sem família.
- Matheus, quem é o seu melhor amigo?
- O Dudu, tia Selma.
- Você já imaginou que o Dudu podia estar neste farol, pedindo esmola?
- O quê?
- É, Matheus, você se esqueceu que eu sou adotado? Tive sorte de ir para o abrigo. Lá é um lugar triste, mas cuidaram de mim. Depois tive mais sorte de ser adotado pelos meus pais. E se não tivesse acontecido nada disso eu estaria na rua e, pior ainda, apanhando do homem enrugado.
- Dudu, nunca pensei nisso! Às vezes esqueço que você é adotado!
- Sabe, Matheus, o Pato, meu amigo, foi menino de rua. Ele ficava mendigando nos faróis e até roubou. No abrigo era o protetor das crianças menores. É uma alma boa, que não teve a mesma sorte que você.
- Puxa! Desculpe mesmo, Dudu! Sou um estabanado. Falo as coisas sem pensar!
- Está bom, Matheus, também não precisa se matar por causa disso. Só pense melhor nas coisas antes de dizê-las. Combinado?
- Combinado, tio Pedro. Posso ajudar essas crianças em alguma coisa?
- É, papai, como um ex-menor abandonado, também gostaria! Será que podíamos ajudá-los, mendigando junto com eles?
- Mendigar, Dudu, isso não é ajudar! É necessário estudar e achar alguma coisa para fazer.
- Ih, pai, é tão difícil!!!!!
- Nada na vida é fácil, meu filho.
- Dudu, vamos formar um esquadrão “Antimenor Abandonado”.
- Boa, Matheus, grande idéia!!!
- Calma lá, vocês dois. Primeiro estudem o problema e vejam como podem ajudar. Não façam nada sem pensar bem e sem falar comigo com a mamãe e com os pais do Matheus.
- Tá bom, papai!
(...)
- E seu irmão diz que você precisa estudar mais!
- Não é estudo, papai! Estou pesquisando sobre os menores de rua.
- Ora filho, não deixa de ser um estudo! Você ficou muito interessado.
- É, pai, aprendi muitas coisas. Só não achei uma forma de ajudar.
- Dudu, é assim mesmo! Primeiro a gente aprende. Depois descobre formas de ajudar.
- Mas me diga, o que você aprendeu?
- Pai, você não ia ver o jogo?
- O filho da gente é mais importante que o jogo! Vim te buscar para você assistir comigo. Mas já que está tão compenetrado no seu trabalho, vamos conversar sobre ele.
- Você é meu papai do coração. Nunca me deixa só!
- Me diz o que você aprendeu?
- Bom, primeiro as crianças de rua estão em situação de risco social e psicológico, quase todos foram vítimas de maus tratos ou de abandono. Por trás de um menor de rua sempre tem um adulto. Li sobre alguns casos de crianças que foram encontradas em companhias de homens ou mulheres que estavam bêbedos, diziam serem seus pais e os espancavam. Pensei no homem enrugado. Li também que em épocas de festas, como no Natal, as crianças que pedem em farol, apanham mais, pois seus pais ou responsáveis acham que devem ganhar mais dinheiro.
- É um absurdo, não?
- Todas as crianças querem a mesma coisa, uma família. Assim como eu queria.
- Essas coisas são muito tristes!
- Li também sobre a Chacina da Candelária, eu e o Matheus não acreditamos, achamos um falta de amor às crianças.
- É, Dudu, essas injustiças acontecem no mundo todo, mas existem pessoas que se propõe a ajudar, no Rio de Janeiro mesmo foi formado o Projeto URUÊ e existem outros projetos nas favelas, em São Paulo também e nós vamos achar uma forma de você e o Matheus ajudarem.
- Legal, pai, liguei para a Celinha e para a Elisa e elas também vão ajudar...
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(Extraído do novo livro do DUDU, ainda inacabado e sem nome... eu vou com calma.)
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“As crianças têm mais necessidade de modelos do que de críticas.”
(Joseph Joubert)
“Nenhum livro para crianças deve ser escrito para crianças.”
(Fernando Pessoa)
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(Joseph Joubert)
“Nenhum livro para crianças deve ser escrito para crianças.”
(Fernando Pessoa)
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Visitem Dan
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2 comentários:
Pois vá em frente, que está muito boa a história. Muito a ensinar. Me lembra alguns episódios do livro "O Imperador da Ursa Maior" de Carlos Eduardo Novaes. Gostei muito. Paz e bem.
Dan:
Gosto muito de suas histórias infantis. Esta ficou especial. Como disse o Cacá: vá em frente!
Tá sumido... Desistiu da gente?
Beijo.
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