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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Carnaval Imaginário - por Leandro M. de Oliveira

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Sou uma vergonha. Minha inércia, meu excesso de teoria,
Minha preguiça em fazer a barba. Estou longe, muito longe.
Quantas rosas se abrem e não consigo sentir o perfume,
Nas noites mais longas Belchior me dava razão. Assim era.
Diga-me o que não posso. Hei de ser um cismador eter(no).
Se há acaso lugar seguro para ambições hipotéticas,
Não sei dizer com muita convicção, nisso tenho vacilado.

Já é outro dia, fiz a barba, dancei como um bêbado desesperado.
Superar a auto-abominação necessita um pouco mais daquilo...
Será ópio? Será coragem? Sei que posso rir enquanto escrevo.
Tão alheio ao nada, muito estranho ao tudo, fui ao largo campo
Em trote marcial, não reconheci meus inimigos. Donde foram?
A guerra tem seus próprios desígnios. É antes empresa íntima.
Nesse caso, estou em petição de miséria, por algum sacerdote
Ou um punhado de alcalóide. Nada sei das longas campanhas.

Desaprendi das mulheres, reaprendi da selvageria; é o mundo.
Se isso não fosse ato de terrorismo, teria te convidado a dançar.
Bá carneiro ovelha, se eu sentisse menos pena de mim mesmo
Poderíamos estar todos embriagados. Já é o terceiro dia...
Ele não ressuscitou. Confetes desbotados, apneia do sono.
Lama nas ruas, lama nos pés. Gatos e homens desvalidos.
Mas eu estava lá, sempre existirei nalgum lugar distante.
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2 comentários:

Cristina disse...

Lee...

Adoro esta imagem. Nunca a tinha visto com cor. Acho-a de uma expressividade extraordinária...

Quando a vejo no teu blog penso sempre o mesmo: quem sou realmente? quem está por detrás da máscara que teimo em usar?...

Beijos

Cris

Ana disse...

É... Eu também existo num lugar distante... Muito distante daqui...
Parabéns pela poesia! Lindíssima!
Beijo.