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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Maníaco do Mictório - por Gio

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Intervalo. Chegando ao Centro de Convivência da faculdade, decido ir ao banheiro antes de comprar um lanche. Aparentemente vazio, entro em uma das cabines, fecho a porta e... Sinto alguma coisa ao botar a mão no bolso. Papel. Papel-moeda. 50 reais. Não é todo dia que se acha uma onça no bolso da calça, certo? Fui guardar o dinheiro na carteira, sorridente e certo de que aquilo era um sinal. Foi, mas não de sorte: era sinal de um dia incomum.

Depois de voltar da Lua e parar de imaginar o que fazer com o dinheiro não esperado, voltei ao meu objetivo inicial. Coloquei a mão no zíper da calça, mas parei imediatamente. Tinha a sensação de estar sendo observado. Resolvi olhar para cima: um careca de óculos estava apoiado na divisória dos banheiros, me olhando. Intrigado com a cena, perguntei “O que foi?”, no que ele prontamente respondeu me encarando “Que que é o que!?”.

Fiquei imaginando que tipo de substância ilícita o ser tinha ingerido, enquanto o encarava incrédulo. Quando ele desceu, fiquei alguns segundos processando a cena que tinha acabado de presenciar. Finalmente, achei que estava em paz, e fui novamente tentar abrir o zíper. Tu tens um celular pra me emprestar?

Era ele, de novo. Tive que fazer uma “manobra de recolhimento”, e a situação embaraçosa conseguiu alterar meus nervos. Não consegui responder nada àquele ser que não parecia fazer sentido algum. Saí do banheiro: ficaria para outra hora. Ao sair, vi um amigo meu e um desconhecido rindo de mim, e quando eu cheguei perto, indagaram: Ah, então tu foi atacado pelo maníaco do mictório?

Foi assim que eu conheci o “maníaco do mictório”, um dos personagens lendários da FURG. Seu nome eu não sei, mas sei que cursa História, pois está na aula de um amigo meu. Graças aos seus “ataques”, já foi indiciado, já levou surra de algumas turmas e já foi suspenso durante algum tempo. Ele para um pouco, mas logo continua com seus atentados.

O CC é a sua zona de caça: fica esperando na frente de um dos bares, e quando algum homem entra no banheiro, ele o segue. Logo, ouve-se alguém bufando, ou o barulho de alguém apanhando. Um colega meu fez ensino médio no mesmo colégio e ano que o maníaco, e alguém lhe perguntou se o dito era gay ou louco. Ele respondeu: “Os dois, e ainda não toma banho”.

Muitas histórias circulam a respeito dessa figura. Reza a lenda que alguém entrou em uma cabine e não fechou a porta: ele seguiu a pessoa, parou atrás dela, e baixou as calças. Outro estava usando o mictório, no que alguém chega para usar o mictório do lado. Ele levou alguns instantes para perceber que o “vizinho” não estava realmente usando o mictório – e mais uma fração de segundos para perceber que ele estava olhando... É, vocês sabem para onde.

Ultimamente ele anda parado, resolveu dar uma trégua. Ou cansou de apanhar, ou achou outro banheiro para azucrinar. Mas a fama segue, e a tensão de usar o banheiro no CC também. Se ele estiver por perto, nem pensar.
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4 comentários:

KBÇAPOETA disse...

Muito bom cara!

_Gio_ disse...

Valeu! ahuahuuhauuaauha

Se me contassem, eu não sei se acreditava que era verdade... :P

Ana disse...

"Reza a lenda que assedia
O maníaco do mictório
A quem só satisfaria
Um estudante que viria
Se aliviar, do refeitório..."

Foi inevitável...

Adorei sua narrativa!
Beijo!
:)

Ana disse...

Gio:
Inevitável mesmo foi terminar a paródia! Vou mandar para a postagem e talvez seja publicada amanhã, mas não se refere à sua pessoa, não, tá? Foi só uma inspiração absolutamente impessoal, nenhuma implicância.
Valeu pela história e pela inspiração! Me diverti duplamente!
Beijos!
:D