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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Defendendo a Loura Burra - por Fatinha

Querido Brógui:

Recebi um vídeo que mostrava uma candidata a Miss EUA sendo arguida naquela fase de conhecimentos gerais. Por acaso a moça era uma lourinha, padrão Barbie (na boa, não estou aqui pra fazer aquela velha piadinha da loura burra, estou aqui para defender a loura burra). A pergunta era algo relacionado ao mapa dos EUA.
A pobre sacou aquele sorriso de bolso e num esforço hercúleo falou exaustivamente por 47 segundos. Ela não tinha a menor noção do que ia dizer e não disse mesmo.
O que me leva a levantar a bandeira pró-loura burra é que a mocinha era candidata a quê? A Miss. O que se tem que avaliar num concurso de beleza? A beleza. Então porque raios fizeram uma pergunta tão difícil para essa criatura que pretende apenas ser a mais bonita da América, quiçá do mundo?
Acho absolutamente despropositada essa tal prova de conhecimentos gerais em um concurso de Miss. Comparativamente, seria como fazer um concurso pra fiscal de renda e pedir ao candidato que, na fase de títulos, apresentasse um book. Qual é a relevância disso para a pretensão do cara? Nenhuma. Qual é relevância disso para a função que o cara vai desempenhar? Nenhuma. Então, porque a Barbie tem que conhecer o mapa do seu próprio país? Tudo bem que o mínimo que se pode querer de um americano é que conheça ao menos a configuração física do seu país (abstraindo-se o fato de que os americanos estão cagando pro resto do mundo e sendo assim o mapa do resto não é mesmo importante), mas convenhamos que isso não faz a menor diferença nesse tipo de certame.
O que poderia ser perguntado para as candidatas, seria algo que se relacionasse diretamente com o objetivo do concurso, coisas mais importantes como: qual é a melhor tinta descolorante para os cabelos, qual são as consequências do super aquecimento do planeta para o envelhecimento da pele (Não. Essa não. É muito difícil, até porque os americanos também estão cagando para o aquecimento global). Mas poderia ser perguntado que esmalte ela usa, quem foi o estilista que desenhou o vestido dela, se o implante de silicone dela lhe permite burlar os efeitos da lei da gravidade (Não, essa também é difícil, ela pode não conhecer Newton e defender a revogação dessa lei injusta).
De qualquer forma, é a maior maldade querer arrancar da Barbie detalhes sobre o livro que ela leu e mais gostou, porque ela simplesmente não tem tempo pra ler, ficar bonita é coisa que demanda muitas horas de dedicação exclusiva. Toda mulher sabe disso. Não dá pra ter uma beleza irretocável e ainda querer discutir Sartre.
Fica aqui o meu protesto contra as pessoas cruéis que ficam divulgando imagens da Barbie falando merda. Sejam mais humanos, mostrem só a imagem, porque é isso o que ela tem a oferecer. Ninguém dá aquilo que não tem.



Visitem Fatinha
Jean-Paul Sartre.

Um comentário:

Ana disse...

Fatinha:
Embora humorístico, seu texto aponta uma verdade na qual as pessoas pouco pensam, pois estão sempre mais propensas a rir, julgar e criticar. Concordo totalmente com você! Mesmo! Abaixo as questões de Conhecimentos Gerais (nível Jardim de Infância) para as pobres Borralheiras!
Amei o texto!
Beijos!