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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Créu Cotidiano - por Lu Aline

Depois de muito esgotar meus tímpanos com a passagem da moda “créu”, cheguei à conclusão de que esse fenômeno não se restringe apenas ao campo musical, toda a realidade brasileira encontra-se em um estado de “créu” constante!
Diariamente, ao ligar a TV, ao ler o jornal, nos deparamos com violência e barbárie. Em tanto caos não há liberdade, vive-se com medo, evita-se andar por certas ruas. Pronto, é o “créu” da violência te impedindo de viver, que segue banalizando a vida.Ir ao hospital público? “Créu”! Morre-se lá sem medicamentos, sem equipamentos, sem médicos. Reféns do descaso daqueles que, na teoria, representam as vontades da nação.
E por falar em filhos da puta políticos, tão aí outros exemplos: boi superfaturado, grilagem de terra, dossiês, cartões corporativos, obras fantasmas... E por aí vai... uma lista imensa de falcatruas cometidas às claras, e ainda nas próximas eleições eles voltam a abraçar criancinhas, visitar comunidades carentes e “créu”, de volta ao poder!
E ainda tem o fantasma do desemprego, sem falar em impostos e taxas: IOF, IPI, ITR, CSLL, CSS (?), IPVA, IPTU... P.Q.P! “Crééééééu”
Chegando ao “créu” velocidade 5, nos deparamos com o ensino (ou a falta dele) público. Que, aliás, dispensa maiores comentários, visite uma escola pública, converse com pelo menos um aluno e saberás! O cruel é saber que sem educação torna-se impossível pensar em progresso, avanço. O atual sistema educacional serve mais como engana-trouxa, com números baixíssimos de reprovações, afinal com tanta falta de qualidade assim, o aluno precisa fazer um esforço tremendo para conseguir tal feito. E o pior é pensar que se não há educação estamos condenados a esse ciclo vicioso de “créu’s” e dá-lhe velocidade 1,2,3,4,5,6.......100000000!
Eu costumava ouvir muito Legião Urbana e adorei a versão feita pelo Capital Inicial para a música Geração Coca-Cola, mas infelizmente a minha geração não tem nada de contestadora, e sim de passividade com o caos que se instala ao nosso redor, somos a geração “créu”. Aquela que assiste a tudo rebolando, vivendo em um carnaval sem fim (ou baile funk como queiram), com mulheres-frutas e culto ao corpo.


\o/ \o/ Viva a Geração Créu, condenada ao... Créu! [?]
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Renato Russo
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Um comentário:

Ana disse...

Concordo totalmente com você, Lu!
É uma geração estranha mesmo...
Mas eu fico pensando: será que os mais velhos também não sentiram a mesma coisa em relação às nossas gerações? E estamos aqui, meio íntegros, meio atônitos, meio pensantes, como eles...
Beijo!