e esse jeito de cansaço, esse corpo como de preguiça
e esse sentimento como de uma culpa.
Não se importe, por favor, com esse desligamento
esse desinteresse, essa falta de ciência,
esse ar parado. Esse mormaço, esse aperto
no meio da multidão, essa falta de espaço.
Não se preocupe que se dá sempre um jeito.
Desculpe-me esse amor gasto nas mãos
e esses olhos de todo dia, esse esforço
e essa espécie de falta e esse pulmão manchado
e sobretudo esse adiamento.
Desculpe os móveis em desordem, a poeira
a iniciativa não cumprida. As promessas.
Desculpe a falta de encanto. Puxe uma almofada.
Aceite um chá, coma um biscoitinho.
In “No Ritmo Dessa Festa”.
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Um comentário:
Que demais este poema! Amo, amo, amo.
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