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quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Morte Não Manda Recados - por Ana Maria Guimarães Ferreira

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Invisível, sorrateira,
ela chega sem pedir licença e leva quem ela quer...
Recém-casados cheios de amor e de esperança.
Crianças, puras e inocentes flores desabrochando...
Homens e mulheres produtivos e operantes trabalhadores e visitantes.
Gente de férias e gente que queria ter férias...
Um monte de sonhos, de desejos ainda não realizados.
Sonhos e mais sonhos se esvaíram no ar...
e sumiram, desapareceram,
como todos os que estavam no voo 447 para Paris...
Cidade Luz, cidade do amor...
Rio, Senegal, França...
Onde ficaram esses seres?
Onde ficaram nossas crianças?
Onde ficaram seus sonhos,
suas esperanças?
Onde ficaram seus corpos,
sua nudez interior,
sua alma,
sua vida,
sua força?

No mar?
No ar?
No céu?
Ao léu?

Para eles a nossa homenagem.
Um mar de flores,
Um oceano de amor.
As nossas flores,
as nossas dores,
a nossa imensa saudade,
o nosso amor.




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Um comentário:

Ana disse...

Triste, né, Ana?
Legal sua lembrança aqui no Duelos.
Beijo.