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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Abandono - As Nossas Histórias XI

Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo com o qual todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então se instalou uma nova fase na vida daquela família, quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que deveria continuar a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.
Mas elos, mesmo indestrutíveis, enferrujam, e foi que aconteceu...
Afastaram-se e praticamente só se encontravam quando morria um parente ou alguém casava e dava uma festa. Como foram envelhecendo e os mais jovens passaram a morar juntos, sem pompas de casamentos, os encontros aconteciam mais nos enterros.
Daí veio se instalando, silenciosamente, o abandono. No início foi muito difícil a solidão, cada um tocando sua vida, a nostalgia era sua companheira. Com o tempo, a nostalgia transformou-se naquela sensação de ser totalmente esquecido, ser órfão.
Passou a visitar os conhecidos com frequência e algumas vezes sentiu que suas visitas importunavam, percebeu que as pessoas fecharam-se em pequenas células familiares ou em suas preferências: tevê, internet e outras atividades. Concluiu que também para ele era chegada a hora de mudar. Dizer não ao abandono, ser ele mesmo seu melhor companheiro, redescobrir o que gostava e havia ficado para trás. Enfim aceitou o que não podia modificar: o afastamento que tanto o chateava, a solidão e o abandono. Estar só, antes asfixiante, passou a ser aceitável e hoje vê como um ganho em sua vida: aprendeu a cuidar de si, viver seus prazeres sem precisar prestar contas a ninguém, já que tem independência financeira.
Então, após lutar contra si mesmo, porque não se conformava com o abandono, e sair vencedor, leva sua vida. Mentiria se não dissesse que, mais vezes do que gostaria, tem suas recaídas, mas aprendeu que não adianta viver de lamentações, e quando olha à sua volta vê que tem sorte. A morte virá um dia - como para todos- e viver bem o tempo que tem é a sua meta, ajudar quando puder, seguindo o exemplo de seu avô, e aceitar as mudanças. Esta é a sua vida, sua história.



Texto criado por Ana, Escrevinhadora, Gio, Clarice A. e Alba Vieira.
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13 comentários:

escrevinhadora disse...

Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo.

_Gio_ disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.

Clarice A. disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente. Mas não havia sido sempre assim,vinha de numerosa família.

Ana disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.

Clarice A. disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário,o amigo que todos podiam contar.

Ana disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente.

alba disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então instalou-se uma nova fase na vida daquela família quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que continuaria a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.

Ana disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então instalou-se uma nova fase na vida daquela família, quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que deveria continuar a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.
Mas elos, mesmo indestrutíveis, enferrujam; e foi que aconteceu...

Clarice A. disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então instalou-se uma nova fase na vida daquela família, quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que deveria continuar a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.
Mas elos, mesmo indestrutíveis, enferrujam; e foi que aconteceu...
Afastaram-se e praticamente só se encontravam quando morria um parente ou alguém casava e dava uma festa. Como foram envelhecendo e os mais jovens passaram a morar juntos, sem pompas de casamentos, os encontros aconteciam mais nos enterros.

Ana disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então instalou-se uma nova fase na vida daquela família, quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que deveria continuar a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.
Mas elos, mesmo indestrutíveis, enferrujam; e foi que aconteceu...
Afastaram-se e praticamente só se encontravam quando morria um parente ou alguém casava e dava uma festa. Como foram envelhecendo e os mais jovens passaram a morar juntos, sem pompas de casamentos, os encontros aconteciam mais nos enterros.
Daí veio se instalando, silenciosamente, o abandono.

Clarice A. disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então instalou-se uma nova fase na vida daquela família, quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que deveria continuar a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.
Mas elos, mesmo indestrutíveis, enferrujam; e foi que aconteceu...
Afastaram-se e praticamente só se encontravam quando morria um parente ou alguém casava e dava uma festa. Como foram envelhecendo e os mais jovens passaram a morar juntos, sem pompas de casamentos, os encontros aconteciam mais nos enterros.
Daí veio se instalando, silenciosamente, o abandono. No início foi muito difícil a solidão, cada um tocando sua vida, a nostalgia era sua companheira.

Ana disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então instalou-se uma nova fase na vida daquela família, quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que deveria continuar a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.
Mas elos, mesmo indestrutíveis, enferrujam; e foi que aconteceu...
Afastaram-se e praticamente só se encontravam quando morria um parente ou alguém casava e dava uma festa. Como foram envelhecendo e os mais jovens passaram a morar juntos, sem pompas de casamentos, os encontros aconteciam mais nos enterros.
Daí veio se instalando, silenciosamente, o abandono. No início foi muito difícil a solidão, cada um tocando sua vida, a nostalgia era sua companheira. Com o tempo, a nostalgia transformou-se numa sensação de abandono, de ser totalmente esquecido, ser órfão.

Clarice A. disse...

ABANDONO


Ele vivia sozinho. Mas isso não era um sofrimento. Antes ao contrário, curtia o prazer da estar a sós consigo mesmo. Era um dos poucos sozinhos não-solitários: para ele, a sua própria companhia era mais do que suficiente.
Mas não havia sido sempre assim, vinha de numerosa família. Pais, irmãos, tios, primos... mas, com o tempo, todos se dispersaram como as cinzas de seu avô ao vento e, assim como elas, era impossível reunir tudo de novo: as manhãs concorridas no sítio, as festas intermináveis, os casamentos superlotados, as refeições regadas àquela bagunça inacreditável e aconchegante.
Seu avô era o agregador da família, o conselheiro, provedor sempre que necessário, o amigo que todos podiam contar. E ele se fora, assim, de repente... dormiu aqui e acordou em algum outro lugar, longe de todos... e foi assim que a corrente se rompeu definitivamente. A partir de então instalou-se uma nova fase na vida daquela família, quando teriam que manter viva a corrente do amor com seus elos indestrutíveis ligando a todos com a teia invisível e protetora que deveria continuar a se manifestar sempre que algum ente necessitasse de ajuda.
Mas elos, mesmo indestrutíveis, enferrujam; e foi que aconteceu...
Afastaram-se e praticamente só se encontravam quando morria um parente ou alguém casava e dava uma festa. Como foram envelhecendo e os mais jovens passaram a morar juntos, sem pompas de casamentos, os encontros aconteciam mais nos enterros.
Daí veio se instalando, silenciosamente, o abandono. No início foi muito difícil a solidão, cada um tocando sua vida, a nostalgia era sua companheira. Com o tempo, a nostalgia transformou-se numa sensação de abandono, de ser totalmente esquecido, ser órfão.
Passou a visitar os conhecidos com frequência e algumas vezes sentiu que suas visitas importunavam, percebeu que as pessoas fechara-se em pequenas células familiares ou em suas preferências: tevê, internet e outras atividades. Concluiu que também para ele era chegada a hora de mudar. Dizer não ao abandono, ser ele mesmo seu melhor companheiro, redescobrir o que gostava e havia ficado para trás. Enfim aceitou o que não podia modificar, o afastamento que tanto o chateava, a solidão e o abandono. Estar só, antes asfixiante, passou a ser aceitável e hoje vê como um ganho em sua vida: aprendeu a cuidar de si, vive seus prazeres, não precisa prestar contas a ninguém já que tem independência financeira, então após lutar contra si mesmo, porque não se conformava com o abandono, e sair vencedor leva sua vida. mentiria se dissesse que mais vezes do que gostaria tem suas recaídas mas aprendeu que Nào adianta viver de lamentações e quando olha à sua volta vê que tem sorte. A morte virá um dia como para todos, viver bem o tempo que tem é a sua meta, ajudar quando puder seguindo o exemplo de seu avô e aceitar as mudanças . Esta é a sua vida, sua história.

FIM