Ao ouvir esta música com seus versos de tão linda inspiração, não posso deixar de me transportar para este trem também.
Agora eu me sinto como este compositor que passa num trem. E está vivo, tão vivo como tudo que apreende com os olhos e com o coração. Do trem ele observa a natureza, as pessoas, o movimento do dia acordando, as pessoas na estrada. Ele próprio vai sendo acordado pelo que vê e o toca de forma tão profunda. E as cores são o portal que permite que ele, de repente, mergulhe naquela outra realidade do que observa. Ele se deixa impregnar pelo que vê. É atravessado pelas imagens e cada uma consegue deflagrar no seu âmago uma explosão de belezas que ele decodifica em versos tão lindos.
Porque os versos estão vivos. Eu mesma sinto o cheiro da manhã, o frio da névoa úmida e o calor do seu peito que, certamente, ama aqueles lábios cor de açaí. Porque aquele homem que observa é tão vivo que só pode mesmo amar a vida e alguém em especial.
O trem passa. As cores vivem. Ele observa e é observado. Nós também, ao passarmos pela vida, olhamos e somos vistos por ela, os dois lados da janela. O aqui agora é assim mesmo. É calmo e é dependente de total atenção, para que não se perca nada. E, não mais que de repente, algum pequeno detalhe, um certo tom de azul inexistente, traz um déjà vu, uma memória qualquer é acessada e entramos em outra realidade que já vivemos anteriormente. E isto é um bálsamo. Adoro esta música porque, para mim, viajar é meditar. É olhar pela janela do trem ou do ônibus, atravessar a porta do tempo e banhar a minha alma em águas já antes visitadas.
E esta música é tão incrível que mostra como uns instantes de desprendimento podem ser tão revigorantes para nós. Assim, no final da música ele fala em sábios projetos, tocar na Central. Ou seja, ele captou a grande delicadeza das coisas simples e pensou em levar sua arte para um lugar que nos dias comuns convive com a dureza, a insipidez da rotina, mas que, ao mesmo tempo, examinada por alguém que transborda sensibilidade, pode oferecer frutos tão doces e suculentos (vide a seda azul do papel que envolve a maçã).
E ele é transformado pelo que vê com os olhos do coração e insere esse quantum de amor nos seus projetos que agora são projetos para o outro, o semelhante.
Eu penso que melhorar o mundo é conectar com o interior, receber o amor que transborda e então dirigir esse amor para o outro, para o mundo.
Agora eu me sinto como este compositor que passa num trem. E está vivo, tão vivo como tudo que apreende com os olhos e com o coração. Do trem ele observa a natureza, as pessoas, o movimento do dia acordando, as pessoas na estrada. Ele próprio vai sendo acordado pelo que vê e o toca de forma tão profunda. E as cores são o portal que permite que ele, de repente, mergulhe naquela outra realidade do que observa. Ele se deixa impregnar pelo que vê. É atravessado pelas imagens e cada uma consegue deflagrar no seu âmago uma explosão de belezas que ele decodifica em versos tão lindos.
Porque os versos estão vivos. Eu mesma sinto o cheiro da manhã, o frio da névoa úmida e o calor do seu peito que, certamente, ama aqueles lábios cor de açaí. Porque aquele homem que observa é tão vivo que só pode mesmo amar a vida e alguém em especial.
O trem passa. As cores vivem. Ele observa e é observado. Nós também, ao passarmos pela vida, olhamos e somos vistos por ela, os dois lados da janela. O aqui agora é assim mesmo. É calmo e é dependente de total atenção, para que não se perca nada. E, não mais que de repente, algum pequeno detalhe, um certo tom de azul inexistente, traz um déjà vu, uma memória qualquer é acessada e entramos em outra realidade que já vivemos anteriormente. E isto é um bálsamo. Adoro esta música porque, para mim, viajar é meditar. É olhar pela janela do trem ou do ônibus, atravessar a porta do tempo e banhar a minha alma em águas já antes visitadas.
E esta música é tão incrível que mostra como uns instantes de desprendimento podem ser tão revigorantes para nós. Assim, no final da música ele fala em sábios projetos, tocar na Central. Ou seja, ele captou a grande delicadeza das coisas simples e pensou em levar sua arte para um lugar que nos dias comuns convive com a dureza, a insipidez da rotina, mas que, ao mesmo tempo, examinada por alguém que transborda sensibilidade, pode oferecer frutos tão doces e suculentos (vide a seda azul do papel que envolve a maçã).
E ele é transformado pelo que vê com os olhos do coração e insere esse quantum de amor nos seus projetos que agora são projetos para o outro, o semelhante.
Eu penso que melhorar o mundo é conectar com o interior, receber o amor que transborda e então dirigir esse amor para o outro, para o mundo.
Visitem Alba Vieira
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Um comentário:
Muito lindo, Alba!
Adorei!
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