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quinta-feira, 5 de março de 2009

Intrínseco - por Geise Meireles

Silêncio... a meia noite acalma a madrugada,
O pensamento estaciona em inúmeros problemas, desejos e angústias.
Pra quê pensar demais, por que deixar de fazê-lo?
Vontades imperfeitas que tendem a intrigar as atitudes,
Convertem a um inevitável medo, insegurança e incerteza...
São muitas as suposições inconcretas.

A vontade é apenas um traço não planejado
Que foge aos desejos de querer controlar tudo.
Impulso... pudor
Veleidade... dúvida
A celeuma da mente mediante o profundo silêncio
Me intriga.

Vontade de correr, parar, gritar, beijar, abraçar, exprimir palavras...
Vontade de não viver de paradoxos
De querer emanar o meu interior
De não viver das conseqüências
E não apenas fazer o que penso, mas ter noção de como fazê-lo.
Não ter medo.
Estagnar suposições pessimistas que sempre me fizeram desistir.

Nada acontece como se planeja,
A planta que se desenvolve não inclui as surpresas.
O futuro planejado é um Déjà Vu contínuo.
“Não existe amor perfeito, mas sim, amantes acomodados”, disse um poeta.

E assim, sons dos minutos em um relógio antigo
Mostram a minha constante fuga de não sei o quê.
Opaca me torno.
Às vezes, as tentativas de expressar algo retraído são incessantes
Mas, o inexorável medo de se sentir frágil apavora.
Minto para mim mesma.
Confusas palavras, confusa me torno.
.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom, Geise! Adorei!