Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: “Hoje eu vou me dar bem!”
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando, de repente, um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes, estupefatos, são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço. O dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, encontraram-no ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante, que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: “Finge mais, desgraçado! Vai fingindo até a polícia chegar...” O garçom, recém-admitido no restaurante, não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente, o corpo do imobilizado pendeu para frente, verdadeiramente desfalecido, e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
Agora as pessoas se amontoavam em torno do quase cadáver que estava com o rosto ainda mais roxo. O corpo foi então abandonado pelo garçom, que o deixou estendido na calçada enquanto olhava atônito para o dono do restaurante, igualmente estupefato.
Toda multidão presenciou a morte do ladrão de galinhas.
Entrementes, ele próprio encontrou-se no meio da multidão vendo o corpo estrebuchado que sabia ser o seu e, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem e tinha agora consciência de todos os seus atos naquela noite.
De repente, apareceu uma mulher diáfana, iluminada, que o pegou pela mão e mostrou-lhe lugares lindos, pessoas felizes... Uma realidade que ele não havia ainda conhecido aqui na Terra.
Ele viu que estava voando, leve por cima de tudo. Sentiu imensa felicidade! Agora tudo era diferente! Não sentia mais aquela raiva que sempre sentira na vida. Ele sentia amor dentro de si, um amor bom que mudava tudo, tudo!
De repente, ele acordou num leito de hospital e pensou que tinha tido um sonho bom. Entretanto, sentia-se diferente, era um outro homem. Teve plena consciência dos acontecimentos daquele dia e percebeu que tinha visitado o Além enquanto seu corpo estava desfalecido. Na verdade, não tinha sido um sonho, foi pura realidade o que vivenciou. Seu coração transbordava amor.
Agora, no mesmo quarto de hospital, totalmente recuperado, sentia-se uma outra pessoa, expandido, cheio de amor pra dar. Neste instante, pensou:
- “Nunca mais serei ladrão! De agora em diante, com tanto amor no coração, percebo que meu destino é ser AMANTE PROFISSIONAL!”
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando, de repente, um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes, estupefatos, são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço. O dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, encontraram-no ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante, que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: “Finge mais, desgraçado! Vai fingindo até a polícia chegar...” O garçom, recém-admitido no restaurante, não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente, o corpo do imobilizado pendeu para frente, verdadeiramente desfalecido, e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
Agora as pessoas se amontoavam em torno do quase cadáver que estava com o rosto ainda mais roxo. O corpo foi então abandonado pelo garçom, que o deixou estendido na calçada enquanto olhava atônito para o dono do restaurante, igualmente estupefato.
Toda multidão presenciou a morte do ladrão de galinhas.
Entrementes, ele próprio encontrou-se no meio da multidão vendo o corpo estrebuchado que sabia ser o seu e, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem e tinha agora consciência de todos os seus atos naquela noite.
De repente, apareceu uma mulher diáfana, iluminada, que o pegou pela mão e mostrou-lhe lugares lindos, pessoas felizes... Uma realidade que ele não havia ainda conhecido aqui na Terra.
Ele viu que estava voando, leve por cima de tudo. Sentiu imensa felicidade! Agora tudo era diferente! Não sentia mais aquela raiva que sempre sentira na vida. Ele sentia amor dentro de si, um amor bom que mudava tudo, tudo!
De repente, ele acordou num leito de hospital e pensou que tinha tido um sonho bom. Entretanto, sentia-se diferente, era um outro homem. Teve plena consciência dos acontecimentos daquele dia e percebeu que tinha visitado o Além enquanto seu corpo estava desfalecido. Na verdade, não tinha sido um sonho, foi pura realidade o que vivenciou. Seu coração transbordava amor.
Agora, no mesmo quarto de hospital, totalmente recuperado, sentia-se uma outra pessoa, expandido, cheio de amor pra dar. Neste instante, pensou:
- “Nunca mais serei ladrão! De agora em diante, com tanto amor no coração, percebo que meu destino é ser AMANTE PROFISSIONAL!”
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UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
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Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se foose pagar (o que não faria, por questão de princípio), ainda que tivesse dinheiro pra isso.
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Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se foose pagar (o que não faria, por questão de princípio), ainda que tivesse dinheiro pra isso. Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se foose pagar (o que não faria, por questão de princípio), ainda que tivesse dinheiro pra isso. Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
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Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se foose pagar (o que não faria, por questão de princípio), ainda que tivesse dinheiro pra isso. Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se foose pagar (o que não faria, por questão de princípio), ainda que tivesse dinheiro pra isso. Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: finge mais, desgraçado! vai fingindo até a polícia chegar... O garçom recém admitido no restaurante não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente o corpo do imobilizado pendeu para frente desfalecido verdadeiramente e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: finge mais, desgraçado! vai fingindo até a polícia chegar... O garçom recém admitido no restaurante não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente o corpo do imobilizado pendeu para frente desfalecido verdadeiramente e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
Agora as pessoas se amontoavam em torno do quase cadáver que estava com o rosto ainda mais roxo, sendo então abandonado pelo garçom que o deixou estendido na calçada, enquanto olhava atônito para o dono do restaurante, igualmente estupefato. Toda multidão presenciou a morte do ladrão de galinhas. Entrementes, ele próprio encontrou-se no meio da multidão vendo o corpo estrebuchado que sabia ser o seu e, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem e tinha agora consciência de todos os seus atos naquela noite.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: finge mais, desgraçado! vai fingindo até a polícia chegar... O garçom recém admitido no restaurante não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente o corpo do imobilizado pendeu para frente desfalecido verdadeiramente e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
Agora as pessoas se amontoavam em torno do quase cadáver que estava com o rosto ainda mais roxo, sendo então abandonado pelo garçom que o deixou estendido na calçada, enquanto olhava atônito para o dono do restaurante, igualmente estupefato. Toda multidão presenciou a morte do ladrão de galinhas. Entrementes, ele próprio encontrou-se no meio da multidão vendo o corpo estrebuchado que sabia ser o seu e, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem e tinha agora consciência de todos os seus atos naquela noite.
De repente, apareceu uma mulher diáfana, iluminada, que o pegou pela mão e mostrou-lhe lugares lindos, pessoas felizes... Uma realidade que ele não havia ainda conhecido aqui na Terra.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: finge mais, desgraçado! vai fingindo até a polícia chegar... O garçom recém admitido no restaurante não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente o corpo do imobilizado pendeu para frente desfalecido verdadeiramente e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
Agora as pessoas se amontoavam em torno do quase cadáver que estava com o rosto ainda mais roxo, sendo então abandonado pelo garçom que o deixou estendido na calçada, enquanto olhava atônito para o dono do restaurante, igualmente estupefato. Toda multidão presenciou a morte do ladrão de galinhas. Entrementes, ele próprio encontrou-se no meio da multidão vendo o corpo estrebuchado que sabia ser o seu e, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem e tinha agora consciência de todos os seus atos naquela noite.
De repente, apareceu uma mulher diáfana, iluminada, que o pegou pela mão e mostrou-lhe lugares lindos, pessoas felizes... Uma realidade que ele não havia ainda conhecido aqui na Terra.
Ele viu que estava voando, leve por cima de tudo. Sentiu imensa felicidade! Agora tudo era diferente! Não sentia mais aquela raiva que sempre sentira na vida. Ele sentia amor dentro de si, um amor bom que mudava tudo, tudo!
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: finge mais, desgraçado! vai fingindo até a polícia chegar... O garçom recém admitido no restaurante não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente o corpo do imobilizado pendeu para frente desfalecido verdadeiramente e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
Agora as pessoas se amontoavam em torno do quase cadáver que estava com o rosto ainda mais roxo, sendo então abandonado pelo garçom que o deixou estendido na calçada, enquanto olhava atônito para o dono do restaurante, igualmente estupefato. Toda multidão presenciou a morte do ladrão de galinhas. Entrementes, ele próprio encontrou-se no meio da multidão vendo o corpo estrebuchado que sabia ser o seu e, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem e tinha agora consciência de todos os seus atos naquela noite.
De repente, apareceu uma mulher diáfana, iluminada, que o pegou pela mão e mostrou-lhe lugares lindos, pessoas felizes... Uma realidade que ele não havia ainda conhecido aqui na Terra.
Ele viu que estava voando, leve por cima de tudo. Sentiu imensa felicidade! Agora tudo era diferente! Não sentia mais aquela raiva que sempre sentira na vida. Ele sentia amor dentro de si, um amor bom que mudava tudo, tudo!
De repente, ele acordou num leito de hospital e pensou que tinha tido um sonho bom. Entretanto, sentia-se diferente, era um outro homem. Teve plena consciência dos acontecimentos daquele dia e percebeu que tinha visitado o Além enquanto seu corpo esteve desfalecido. Na verdade, não tinha tido um sonho, foi pura realidade o que vivenciou. Seu coração transbordava amor.
Agora, no mesmo quarto de hospital, totalmente recuperado, sentia-se uma outra pessoa, expandido e cheio de amor pra dar.
UM SONHO BOM
Caía a noite apagando aos poucos toda a luminosidade natural daquele lugar já tão populoso, cheio de prédios e construções mais baixas. Um larápio assanhado, tipo ladrão de galinha, saía de casa pensando: "Hoje eu vou me dar bem!".
Não come uma refeição decente há mais de 24 horas e então decide que a melhor maneira de começar aquela noite é entrando num restaurante e jantando como se fosse pagar (o que não faria, por questão de princípio, ainda que tivesse dinheiro pra isso). Escolheu o lugar mais retirado do recinto e pediu inúmeros pratos que saboreou avidamente, deixando-os limpos, lambendo os beiços numa expressão de locupletação e felicidade indescritíveis.
De repente, lembrando da morte de seu avô há alguns anos atrás, simulou um baita infarto e ficou estatelado no chão, com a boca aberta em falso desespero e o corpo contraído pela fingida dor, aguardando a ambulância chegar; mas por dentro sorria de sua bela atuação, ria de todos que estavam surpresos e penalizados, mas, principalmente, extasiava-se ainda com a lauta refeição que havia conseguido naquele lugar tão chique sem desembolsar um tostão.
Quando de repente um dos clientes do restaurante se levanta para ver o alvoroço e descobre que a vítima de infarto é um ex-colega de trabalho de uma empresa renomada que foi demitido por roubar canetas do escritório.
Chega a ambulância e entram trazendo a maca para transportar o doente, que abre um olho e reconhece o ex-colega; levanta-se pálido e os atendentes estupefatos são empurrados quando ele foge de carreira do restaurante, deixando a plateia em rebuliço, e o dono do restaurante, furioso, manda um garçom em seu encalço.
Como estava com a barriga cheia e já não era nenhum rapazola, toda aquela comida atrapalhou sua fuga, sendo logo interceptado pelo ágil garçom novinho que o segurou, imobilizando-o com uma gravata; em seguida, quando chegaram o dono do restaurante e alguns clientes interessados na punição do vagabundo, o encontraram ofegante, pálido, suando muito e com o rosto arroxeado.
O fato é que depois de toda a tensão causada pela chegada da ambulância, o medo de ser desmascarado pelo ex-colega, o esforço físico da fuga e a consequência da pesada refeição, seu coração realmente ficou danificado e, naquele momento, o infarto era verdadeiro.
O dono do restaurante que já havia presenciado o infarto anterior, colocava para fora toda a sua raiva gritando: finge mais, desgraçado! vai fingindo até a polícia chegar... O garçom recém admitido no restaurante não olhava sequer para o imobilizado e só pensava nos frutos que o seu ato heróico iria lhe proporcionar. Notou até no olhar do dono do restaurante uma certa admiração. De repente o corpo do imobilizado pendeu para frente desfalecido verdadeiramente e quase o derrubou. Mesmo agarrado ao corpo já no chão, o garçom não sabia o que fazer.
Agora as pessoas se amontoavam em torno do quase cadáver que estava com o rosto ainda mais roxo, sendo então abandonado pelo garçom que o deixou estendido na calçada, enquanto olhava atônito para o dono do restaurante, igualmente estupefato. Toda multidão presenciou a morte do ladrão de galinhas. Entrementes, ele próprio encontrou-se no meio da multidão vendo o corpo estrebuchado que sabia ser o seu e, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem e tinha agora consciência de todos os seus atos naquela noite.
De repente, apareceu uma mulher diáfana, iluminada, que o pegou pela mão e mostrou-lhe lugares lindos, pessoas felizes... Uma realidade que ele não havia ainda conhecido aqui na Terra.
Ele viu que estava voando, leve por cima de tudo. Sentiu imensa felicidade! Agora tudo era diferente! Não sentia mais aquela raiva que sempre sentira na vida. Ele sentia amor dentro de si, um amor bom que mudava tudo, tudo!
De repente, ele acordou num leito de hospital e pensou que tinha tido um sonho bom. Entretanto, sentia-se diferente, era um outro homem. Teve plena consciência dos acontecimentos daquele dia e percebeu que tinha visitado o Além enquanto seu corpo esteve desfalecido. Na verdade, não tinha tido um sonho, foi pura realidade o que vivenciou. Seu coração transbordava amor.
Agora, no mesmo quarto de hospital, totalmente recuperado, sentia-se uma outra pessoa, expandido e cheio de amor pra dar. Neste instante, pensou:
- "Nunca mais serei ladrão! De agora em diante, com tanto amor no coração, percebo que meu destino é ser AMANTE PROFISSIONAL!"
FIM
Gente!
Hilariante e muito doida!
Adorei este cantinho do nosso liter café!
É um dos meus preferidos!
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