Agora, que meus pés já não rompem o limiar da cidade?
Na verdade, mais que passos, o fado me traz um porto, aeroporto
Depois de morto o sonhador na ilhota da resignação;
Meu barco já não arrosta ondas e pelas rondas dos vadios,
Sumiu o capitão.
Os cupins carcomeram as pás do meu cata-vento
E, agora??? Infame sorte!
A harpa eólica rompeu-se mercê do tempo,
E agora, sopra o norte?
Agora divirto outros, bobo entre risonhos,
Eunuco num harém de sonhos, peso morto;
Idéia vaga do que seja anelo
submisso a Cronos e seu martelo
Eis o meu Conforto!
Labor de enfeitar beldades,
pra tantos, de menos idade
E o sultão nem me paga;
Contar das pedras pra outros pés
Pra que evitem meu revés,
Eis a minha saga!
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário