Se ao menos fosse um recado agradável, que felicidade trouxesse a quem o recebesse…
Mas não, era um recado que se sabia de antemão traria de volta amargas vivências.
Fiquei entre a cruz e a espada – não podia me negar a fazê-lo - e não queria presenciar, de novo, na minha frente, uma alma triste, arrependida de atos não cometidos nesta encarnação.
Pensei, repensei e, embora num primeiro momento houvesse decidido por não passar o recado, preferi arranjar um modo que, mesmo em desacordo com minha forma de ser, deixasse ambas as partes em paz.
Usei de minha criatividade e fiz um enredo plausível, aproveitando um bendito gancho na conversa que, felizmente, foi absorvido como absolutamente real pela pessoa que deveria receber o recado.
Agora, depois do problema solucionado, fico eu em conflito com os meus deveres para com a verdade e, mais uma vez, me prometo não entrar em outra armadilha.
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