Se eu fosse contabilizar, provavelmente descobriria que passo ao menos 1/5 da minha vida evitando pensar nas pessoas que, por algum motivo ou outro, saíram da minha vida.
No final do ano essa proporção sempre aumenta.
Nessa semana, estava no carro e olhei para a direita. E percebi que passo do lado do seu prédio há 3 meses, pelo menos 5 vezes por semana. Não sei como demorei tanto a me tocar que aquela rua era a sua. Ou como durante três meses eu nunca tinha parado o carro naquele ponto. Ou como em três meses eu nunca tinha parado o carro naquele ponto e não havia nenhum carro no caminho, entre a minha janela e o seu prédio.
Mas enfim, eu vi. E admiti para mim mesma que lembrei de você. Então pronto, é isso. fique sabendo.
- Conte mais.
E o seu bairro é uma merda. Todos os dias que passo lá, xingo todas as pessoas que dirigem ali. Xingo todos os pedestres folgados que resolvem atravessar justamente quando o farol abre para mim. Todos os taxistas que resolvem manobrar e acabam trancando a rua. Xingo todos os executivos que se acham maneiros saindo do trabalho nos seus Audis ou C3.
Mas, especialmente, eu xingo a sua rua. E, no fundo, não é porque o trânsito lá é desgraçado. É porque ela é sua, e só sua.
No final do ano essa proporção sempre aumenta.
Nessa semana, estava no carro e olhei para a direita. E percebi que passo do lado do seu prédio há 3 meses, pelo menos 5 vezes por semana. Não sei como demorei tanto a me tocar que aquela rua era a sua. Ou como durante três meses eu nunca tinha parado o carro naquele ponto. Ou como em três meses eu nunca tinha parado o carro naquele ponto e não havia nenhum carro no caminho, entre a minha janela e o seu prédio.
Mas enfim, eu vi. E admiti para mim mesma que lembrei de você. Então pronto, é isso. fique sabendo.
- Conte mais.
E o seu bairro é uma merda. Todos os dias que passo lá, xingo todas as pessoas que dirigem ali. Xingo todos os pedestres folgados que resolvem atravessar justamente quando o farol abre para mim. Todos os taxistas que resolvem manobrar e acabam trancando a rua. Xingo todos os executivos que se acham maneiros saindo do trabalho nos seus Audis ou C3.
Mas, especialmente, eu xingo a sua rua. E, no fundo, não é porque o trânsito lá é desgraçado. É porque ela é sua, e só sua.
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Um comentário:
Comentário por Ana — 15 janeiro 2009 @ 11:47
Muito bom!
Ótimo seu blog também!
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