não me serves como mãe
nem te quero perto,
posto que só me fazes mal
desde sempre,
antes mesmo de respirar.
Teus olhos não olham em minha direção
a não ser para ferir;
não encontro braços que me acolham;
muito menos mãos que acariciem;
teu colo magro não aconchega,
nem mesmo existe;
no peito não há seios que possam nutrir;
no local do coração só vejo um grande buraco.
Sei que me pariste,
porém teu ventre foi, é e será sempre oco,
como é tua existência
de mãe destruidora.
Inspirado na escultura Mãe Destruidora, de Alba Vieira.
.
Um comentário:
Comentário por Ana — 18 janeiro 2009 @ 11:50
Muito bom. Gostei.
Postar um comentário