Para o mundo! Para! Para que eu quero descer! Sei que isto já foi dito milhões de vezes antes, mas agora eu tô falando: para! Não aguento mais! Não quero continuar. Estou saturada! É muita doideira, muita confusão, tanta insensatez… É horror demais, que não acaba, que está em todo canto! É só incoerência! É abuso, é descaso! É gente comendo gente, pisando gente, matando gente! É cegueira demais, é muito fingimento, é cinismo! É terror! É terror do teu lado! E fome? Cada vez tá mais perto. E feiúra e sujeira? Também. É arrastão. Estão me arrastando pra desgraça e pra imundície. Para! Já falei: para! Não tô brincando não. Desisto. Não quero lutar mais. Não vou mais tentar fazer mudar isto não. Nada desse papo que o mundo é expressão de todos nós. Não acredito mais. Ou melhor: admito. Admito que perdi. Tô me retirando, na paz… Tô saindo de cena. Cansei. Tô quase surtando. Tá por pouco. Sinto que esta onda já tá me pegando e agora ou fujo ou fico de vez. Tô indo, entregando os pontos, saindo de fininho pra ninguém tentar me convencer a ficar. De verdade. Tô sabendo o que estou fazendo. Me deixa ir. Eu quero. Eu sei. Pulei.
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Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
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*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
Um comentário:
Comentário por Ana — 12 fevereiro 2009 @ 14:22
Muito bom!
Adorei!
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