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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Carta para um Senador de Honra - por Vicenzo Raphaello

Porcos políticos encastelados em castelos medíocres, símbolos de vaidade provinciana.
Sob pele bexiguenta ou cabelos brilhantemente alisados circulam sob a empáfia de gestos e cabocla atitude feudal.
Escravagistas, posseiros, exploradores de mão-de-obra barata, como baratos são os dinheiros que retiram do cofre público com juros subsidiados, pagar a perder de vista e se vista não houver pagar não há.

Riqueza fácil
Vermes de uma instituição putrefata, que exalam o mau cheiro de cinismo criminoso.
Mestres de conchavos, onde cada um amarra seu rabo no rabo do outro e aí se protegem mutuamente (ilustríssimos companheiros).
Cada conchavo, menos escola, menos saúde, menos saneamento, menos pesquisa, mais morte, mais desesperança. (Aí um Beira Mar qualquer é aprendiz.)
Eleitos pela desinformação de um povo maltratado, inconsciente de que a origem da sua miséria gerada é por aqueles que por eles são eleitos.

Pobre País
Pobre País nas mãos desta corja que se perpetua no poder, à custa de migalhas como milho dado aos bois, cevando seu curral para deles tirarem a carne.
Pobre País cujas elites corruptoras alimentam os corruptos, num círculo vicioso que não se consegue romper.
Pobre País em que os escândalos passaram, como numa atitude fatalista, a serem aceitos; assim é,
assim será.
Pobre País em que ética não se sabe o que é, o que vem de cima é a lei de Gerson.
Pobre País dos apadrinhados e apaniguados que trocam o nome para parente não serem.
Pobre País em que a esmola conforta a miséria e alimenta a miséria.
Pobre País dos partidos anacrônicos que, no permanente jogo das cadeiras, os jogadores sempre são os mesmos.
Quando faltam cadeiras, aumentam-se as cadeiras.
O vizinho do norte tem muito a apreender aqui em nossas terras, a chave do segredo não é a perpetuação, mas a troca de mentirinha, aceita como o bom jogo democrático.

Senadores honrados, as mudanças estão em suas mãos, denunciem com fatos e provas que acredito possuírem.
O receio de retaliação ou processo não pode ser motivo de silêncio.
A coragem fica para a História.
A coragem é dignificada.
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