Este ano não serão necessárias
as máscaras.
Seremos todos estranhos,
incógnitos ao fim da noite.
Os gritos poderão ser gemidos
em becos ou vielas,
e as bebedeiras podem virar desgraça,
ou algo maravilhoso,
na linha tênue do destino.
Deêê-Dererêê-Tchuruuu
Vai passaaar!!!
E blá-blá-blá,
passe lá o que quiser,
o bloco tá na rua
e pouco importa.
Seremos todos anônimos,
porque nesses tempos ninguém
vale mais que outro,
e ninguém vale muita coisa mesmo.
Mas não se aflija,
vai ser bom,
é bom de vez em quando
nos entregarmos.
Deêê-Dererêê-Tchuruuu
E não quero nem sabeeeeer!!!
Hoje minha feliciiiidaaade
vai inundar a cidaaaaaaade!!!
A cachaça vai inundar nossos corpos
e controlar nossas ruas,
e seremos não muito mais que bichos,
caçando nas esquinas,
trocando amores por mais goles,
brincando com a inocência alheia,
mostrando que se pode ser “legal”
afinal de contas,
isso é o carnaval.
Deêê-Dererêê-Tchuruuu
E vai, vai, vai
desceeendo!!!
Vai, vai, vai, rebolando...
.
Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
-
*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
Um comentário:
'Seremos todos anônimos,
porque nesses tempos ninguém
vale mais que outro,
e ninguém vale muita coisa mesmo.'
É verdade... o ser humano está se invalidando...
Um abraço, poeta!
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