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Eróticos.)




segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Sofazinho - por Fatinha

Querido Brógui:

Não adianta mesmo. Eu não tenho jeito, graças a Deus, e consigo rir de situações nada risíveis. Tenho tido muito tempo para pensar, trancafiada num quarto de hospital fazendo o turno do dia. Como para fazer humor é necessária uma boa dose de mau humor, nada como uma situação desagradável para servir de inspiração. Eu sei, eu sei que eu disse ontem que não estava a fim de fazer gracinha, mas isso foi ontem.
Sentadinha no maldito sofazinho que fica no quarto do hospital, tentando me acomodar naquele objeto produtor de desvio de coluna, fiquei matutando acerca do porquê de, em todos os hospitais haver sempre o mesmo tipo de sofá. Quer dizer, em todos os que conheço (não muitos, por sorte). O treco é duro, pequeno, baixo, sem braço, um horror. Por que? Além disso, o sofá fica estrategicamente situado na frente da porta, ou seja, nem pense em se deitar, a menos que queira levar uma “portada” na cabeça.
Depois de muito meditar acerca de tão importante questão, concluí que o desconforto é proposital. Afinal, o acompanhante não está ali de férias, está para acompanhar o paciente. De acordo com essa lógica maligna, se o acompanhante ficar muito confortável, vai dormir a noite toda, o paciente vai querer alguma coisa, vai chamar, não vai ser ouvido e terá que apertar a tal da campainha para chamar a enfermagem. Consequência: o plantonista terá que se deslocar até o quarto para fazer o serviço para o qual é pago ao invés de esse serviço ser prestado gratuitamente pelo familiar. Faz sentido.
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Postado, originalmente, em 11/11/08.
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