Fincada na carne
Do corpo inerte
Que verte o sangue
Que de vermelho tinge
A mão que antes
Acariciava a pele
Com ternura e leve
Num instante breve
Pôs fim a vida
O ciúme finda
A loucura, a vida
E a lágrima caída
No último instante de dor
Na face do medo
Nos olhos fechados
Futuro que a faca ceifou.
Na honra do homem
A marca negra da morte.
Dor e arrependimento
E o mesmo instrumento
Corta-lhe os pulsos
E a vida se esvai...
Aconchegado no frio corpo
Vai morrendo aos poucos
Despedindo-se da amada
Em sangue banhada
Última visão registrada
Quando seus olhos cerrou.
Não há mais honra,
Nem glória em possuir
Não há mais juras, nem loucuras
Não há mais dois
Não há nenhum.
Onde antes eram um.
O que há é a faca
Jogada entre corpos que já se amaram...
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Visitem Leila Dohoczki
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