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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Nem Pollyanna Suportaria - por Fatinha

Querido Brógui:
Todas as células que compõem o meu corpo odeiam funk. Todas elas, sem exceção. Nada pior do que ouvir funk, como ouvi, quatorze horas seguidas, a ponto de eu desejar ardentemente ser surda. Acho que a nova arma de guerra dos traficantes que dominam o Morro dos Macacos é o enlouquecimento dos moradores das adjacências. Soube de um vizinho que ligou pra polícia. Sabe o que o atendente disse? Que já tinha recebido inúmeros telefonemas, mas a polícia só poderia ir lá verificar se o denunciante fosse junto. Agora, imagine a cena: chega o denunciante, vulgarmente conhecido como X-9, acompanhado de um PM e manda desligar o som. Tem noção?
Bem, voltando ao tema dessa edição, dizia eu que o funk era o que havia de pior no mundo. Mas, pensando melhor, há coisa pior: propaganda eleitoral. Cruel mesmo é constatar que, quando o Cão resolve fazer o seu trabalho, o faz direitinho. Que tal juntar as duas desgraças e divulgar o nome e número do infeliz do candidato, no ritmo do funk, usando um carro de som?
A essa altura, você, Querido Brógui, deve estar solidariamente meneando a cabeça e pensando que isso é o fim da picada. Eu lhe digo: não, não é. Tente figurar o que você sentiria ao ficar preso num engarrafamento, dentro de um coletivo, ao lado do tal carro de som? Achou ruim? Pois não acabou.
Depois de cinquenta minutos de tortura auditiva, levando guardachuvada e pisão no pé, você finalmente desce do ônibus. E o que faz imediatamente? Começa a cantarolar aquela coisa do Demo e quando percebe o que está fazendo finalmente se toca que a lavagem cerebral existe mesmo e você acaba de sofrer uma.
Não há células suficientes no meu corpinho para comportar tanto ódio. E olha que eu estou na minha fase zen-Pollyana-Heidi.
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Postado, originalmente, em 16/09/2008.
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