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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Setembro - por Adir Vieira


Começa o mês de setembro e vejo que, para mim, a conotação de um mês onde eu jogava todas as cartadas simplesmente acabou.
Lembro de que, quando criança, esperava o mês de setembro, suas cores vibrantes, as flores e via e sentia o mundo melhor. Atribuía isso ao mês de aniversário da minha mãe que, embora com ou sem grandes festejos, talvez lá no meu inconsciente fizesse reverência à grande rainha.
Fui seguindo pela vida e, já no emprego, ele também tinha uma conotação feliz. Afinal, era o mês dos aumentos polpudos de salários, visto que a avaliação funcional se dava nessa época, para mim. Fazia então grandes planos financeiros e isso tornava o início da primavera mais belo, porque trazia consigo a realização de alguns pequenos sonhos de consumo.
Por tremenda coincidência, meu amor maior surgiu na minha vida próximo a esse grato mês e tornou a vida ainda mais maravilhosa. Lembro sempre de sua frase costumeira – quando setembro vier, completaremos tantos anos de união.
E foi assim por toda a vida: o mês de setembro trazendo com ele belas e boas surpresas.
Mas, há três anos, a vida mudou de rumo e o mês de setembro também.
Nessa época, próximo ao seu aniversário de oitenta e dois anos, perdi minha mãe. Uma semana depois sofri a expectativa febril da recuperação do marido que, angustiado com a morte da velhinha, sofreu um infarto grave. Por Deus, teve uma ótima recuperação e está perfeitamente bem, mas as marcas sobre o mês de setembro ficaram.
Hoje, com certeza, por mais que eu me esforce, ele, o mês de setembro, perdeu o brilho original, aquele que me seguiu por toda a vida.
É assim mesmo, coisas que não se explicam, mesmo deixando lucros.




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