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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

No Século Vinte e Um... - por Ninguém Envolvente

Não tenho pena dos pandas estarem sumindo da face da Terra, são preguiçosos demais até para se reproduzirem, eles são uma vergonha para o mundo animal e nós estamos indo no mesmo caminho dos pandas. Duvida?
Primeiro veio o leite de caixinha, já fervido sem micróbios e prontinho para tomar; o que dizer do cubinho? O tempero em forma de cubinho, tão gracioso e saboroso, mas será que tem mesmo cebola e alho naquela porcaria oleosa? E as coisas light? Por que simplesmente não conseguimos comer menos? Talvez comer preencha o vazio e a angústia da espera pelo próximo brilhante invento prático e reciclável.
Há algo muito errado, as pessoas estão cegas, o que é isso? É carne enlatada, basta esquentar e rezar para não ter botulismo, mas é tão delicioso e cômodo que não deixamos de comer e quando terminar é só jogar no lixo e como num filme da Disney, a cozinha está limpa e nem uma única panela está suja. Exceto seu fígado, boiando e gritando em tanto óleo.
Espremer laranjas é muito complicado e ridículo, compre logo a caixinha longa vida já que ela é reciclável, compre refrigerante de cola já que você não precisa mais mastigar com tanta força, os alimentos já vêm praticamente digeridos em latinhas e pacotinhos, não tem problema se o refrigerante corroer seu dente e ele cair, você já se adaptou aos pastosos Pack.
O que fizeram com a água? Agora ela tem gás e gosto de limão! Qual o problema com a original, insípida e inodora? Por que aromatizar algo que já é perfeito e se basta? Mais uma porcaria, como se os Dolly® da vida já não bastassem, precisavam mexer na água, e agora estão pondo gás até no leite! O fim do mundo está a caminho...
Clique espere carregar... Imprima e rasgue logo, fiz o resumo da nossa vida miserável e catastrófica indo rumo ao nada progredindo para virar uma tonelada de obesos em meio a um chiqueiro de Pack e lixo eletrônico.
Quando você morrer, tem três escolhas: enterrar, cremar ou fazer diamante humano com o carbono do seu corpo e deixar de herança para seus netos, já que vão precisar de dinheiro para comprar água potável que não tenha sabor e seja própria ao consumo humano. Você não vai poder doar seus órgãos, vão estar feito lixo por conta de tanta porcaria que você ingeriu em seus anos de vida. Algumas coisas são recicláveis, você não.
“Volto logo... Vou ali recarregar a bateria do meu pulmão de plástico biodegradável”. Seria isso o diálogo do próximo século? Quem sabe...



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Um comentário:

Ana disse...

Né mole, não, Ninguém... Pra onde estamos indo?... Difícil dizer... Mas você está certíssima! O homem está se artificializando... Muito esquisito isto tudo...
Beijo!